Dia: 14/11/2016

Trump! Uma lição para o Jornalismo. Pra mim também

trump dedo

Donald Trump de fato é polêmico, de fato está longe de ser o candidato ideal, de fato merece todas as desconfianças possíveis. Ainda assim, a imprensa – nacional e internacional – conseguiu se comportar de forma tão tendenciosa que tantas vezes o colocou no papel de vítima. No momento em que a postura ficou mais escancarada, com recordes de audiência sendo quebrados na TV americana, o próprio cidadão local conferiu os pesos e medidas distintos utilizados pelos mediadores dos debates.

O que fez Trump? Não se calou diante do absurdo e denunciou o viés democrata da cobertura, por vezes em tempo real. E, ao que tudo indica, contou com o apoio de vários eleitores. Contudo, a imprensa seguiu reagindo mal e tratou como censura os reclames do candidato republicano.

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Ser puro sangue é dífícil

batata_casa

Grande parte da imprensa de Caicó – inclusive esse blogue – em determinando momento não assumia publicamente, mas depois assumiu – dizia que o então candidato a prefeito de Caicó Batata Araújo representava “a vitória do atraso” para o município.

Boa parte da imprensa dizia também que… Deixa para lá.

E hoje…

Boa parte da imprensa já diz que estava com Batata sem nunca ter estado.

Essa é a verdade. Ser puro sangue é difícil.

Não tem jeito! Corre nas veias

dom_cruzCorre nas veias!

Não tem jeito.

O bispo diocesano de Caicó Dom Antonio Carlos Cruz foi o pregador da novena de hoje à noite da Festa de Nossa Senhora da Apresentação, padroeira de Natal.

Voltou a usar os santos altares da santa igreja (Catedral Metropolitana) para fazer o que mais gosta: Política.

Voltou a falar mal do governo Michel Temer e criticou a PEC do Teto.

Muitos fiéis reclamaram em forma de comentários.

– Não vim aqui para escutar isso. Vim para ouvir a palavra de Deus, teve quem reclamasse.

Tudo sob o olhar atento do Arcebispo Metropolitano de Natal e ex-bispo de Caicó, Dom Jaime Vieira Rocha.

Governo prepara recurso à liminar que dá parte de multa a Estados

O governo federal prepara recurso contra a decisão da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou à União que deposite em conta judicial o valor incidente sobre a multa prevista pelo processo de repatriação de recursos não declarados no exterior.

‘Não farei busca às bruxas’, diz Kátia Abreu sobre comissão de salários

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A senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), que será relatora da comissão que vai analisar salários extrateto, escreveu em sua conta no Twitter que não fará perseguição a nenhum dos Três Poderes. “Não farei busca às bruxas e não concordo em desmoralizar os Poderes”, escreveu a senadora, afirmando que vai trabalhar com racionalidade e pragmatismo.

Kátia defendeu que a é preciso passar tudo a limpo, corrigir equívocos, privilégios e a política de conchavo. “Há distorções? Sim. Então vamos corrigir”, escreveu. A comissão foi instalada na semana passada após anúncio do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

De infartos à zika: fique atento às doenças do calor

Os sintomas estão cada vez mais sérios. Aumento da temperatura, acidificação dos oceanos, exacerbação de desastres naturais, perda de biodiversidade, embranquecimento de corais, elevação do nível do mar, derretimento de geleiras… O diagnóstico é bem conhecido: o paciente sofre com a liberação de dióxido de carbono e outras substâncias poluentes há mais de um século e meio, desde a Revolução Industrial. O planeta, contudo, não adoece sozinho.

As evidências científicas indicam que o homem já está sofrendo, na pele, as consequências das mudanças climáticas. Para o futuro, caso a tendência de emissões de gases do efeito estufa se mantenha, a Terra será um desafio para a saúde humana. Projeções baseadas nos cenários divulgados pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) das Nações Unidas mostram que o aumento de temperatura — que tem atingido níveis recordes mês a mês neste ano — está associado a doenças infecciosas, pulmonares, cardiovasculares e a óbitos por ondas de calor.

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Brasil enfrenta Peru nesta terça em busca da sexta vitória seguida

brasil e peru

Líder das Eliminatórias da América do Sul para a Copa do Mundo, a seleção brasileira encara o Peru na madrugada desta quarta-feira (15), em Lima, com a tranquilidade de estar a um passo para garantir sua vaga no Mundial.

Com 24 pontos, o Brasil enfrenta os peruanos em clima de “amistoso”, enquanto a equipe do Peru encara uma dura missão para se garantir na Copa de 2018, já que é o oitavo colocado, com 14 pontos.

O Brasil encara o Peru à 0h15 desta quarta-feira, no Estádio Nacional de Lima, pela 12ª rodada das Eliminatórias.

Adversário determinado

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Trump e a curva do Rio

rio de

O mundo não acabou, apenas ficou mais louco. Esta frase, de um dirigente alemão, é precisamente o que penso depois da vitória de Donald Trump. Mas, às vezes, sou tentado a revê-la quando olho o Rio de Janeiro, lugar onde moro, ameaçado pelo caos e pela anarquia. Todos se lembram do Brexit, o rompimento da Inglaterra com a comunidade europeia. Também ali, imprensa e pesquisa foram traídos pelas circunstâncias. Esperavam um resultado que não veio.

O que há de comum nas supresas de Trump e do Brexit é a confiança na racionalidade inevitável da globalização. O filósofo John Gray escreveu muitas vezes sobre o tema. Para ele, o comunismo internacional e a expansão planetária do livre comércio são duas utopias nascidas do Iluminismo. Discordo apenas num detalhe: o livre comércio não se impõe à força, ninguém é obrigado a tomar Coca-Cola ou comprar tênis Nike.

Mas a verdade é que a globalização produziu perdedores nos países mais ricos e contribuiu para que alguns estados mais frágeis se dissolvessem em guerras fratricidas. As ondas de imigração levaram medo e inquietude. Na Inglaterra, temia-se pelo emprego e também pelos leitos de hospital e assistência médica.

Nos Estados Unidos, Trump denunciou acordos importantes como o Nafta e prometeu construir um muro na fronteira com o México. No seu discurso, um outro fator também aparece: o medo da desordem, da presença de criminosos que possam perturbar a paz americana, igualando o país a outros lugares caóticos do mundo.

Walt Whitman, num poema de 1855, dizia que os Estados Unidos é um país que não se representa por deputados, senadores, escritores ou mesmo inventores, e sim pelo homem comum. Durante quase toda a campanha, observando as entrevistas dos eleitores de Trump, não havia neles apenas o medo dos efeitos da globalização, mas também uma repulsa pelos políticos tradicionais. Alguns, mesmo discordando das bobagens que ele dizia, afirmavam: pelo menos é sincero, ao contrário dos profissionais. Outros mais exaltados gritavam abertamente para as câmeras: foda-se o politicamente correto.

A suposição de que o progresso triunfa sempre é um contrabando religioso na teoria política. A história não é linear. E talvez os formadores de opinião e pesquisadores tenham perdido o pé por acharem, equivocadamente, que o triunfo sempre estará ao lado do que consideramos certo. É preciso mais humildade, mais presença na vida das pessoas para compreender que a globalização produz ressentimentos e que muitos anseiam pelos “velhos e bons tempos” de sua experiência nacional.

O caso do Rio deveria ser tratado à parte. Mas é um estado falido, algo que também não é estranho à história mundial. O Haiti é aqui, já dizia, profeticamente, a canção de Caetano e Gil. Falavam da Bahia, mas o verso inicial é válido para todos: pensem no Haiti.

Uma grande contradição na falência do Rio é o fato de que os mesmos políticos que arrasaram o estado são os responsáveis para liderar sua reconstrução. A falta de legitimidade torna a tarefa quase impossível. Depois de tanta incompetência e corrupção, grande parte das pessoas gostariam de vê-los na cadeia, e não no comando do estado.

Eles não vão renunciar. Será preciso que a sociedade se movimente, sem quebradeiras, sem gritos, para que as coisas voltem à normalidade. Ela também se deixou levar pela febre do petróleo. Em 2010, quando disputei com Cabral, já era evidente o colapso do sistema de saúde, a corrupção assustadora. Naquele momento, percebi que muitos intelectuais, alguns amigos queridos, continuavam seduzidos por um governo que mascarava a incompetência e corrupção com os abundantes recursos do petróleo. A sedução não envolveu apenas intelectuais críticos, mas todo o establishment. Hoje, os manifestantes gritam Bolsonaro, quando invadem a Assembleia. Como são policiais, e a família Bolsonaro sempre apoiou a corporação, não significa ainda um sentimento mais amplo na sociedade carioca, embora Bolsonaro, pai e filho, já sejam campeões de voto.

Será preciso humildade para compreender o que se passa, independentemente de nossas projeções teóricas sobre futuros luminosos. A cidade maravilhosa, cosmopolita etc. já está nas mãos de um grupo cristão que tende, ao contrário do Velho Testamento, a defender não uma ética particular, mas um caminho que deva ser universalmente aceito.

A gravidade da crise no Rio, caso sobreviva à quadrilha que o governou, e caso a sociedade não se esforce para buscar soluções, pode nos levar a um tipo de dissolução que encha as ruas de fantasmas perambulando com suas cestas de pequeno comércio, gangues dominando amplos setores da cidade e, sobretudo, saída em massa para o interior, para outros estados, para fora do país.

Pensem no Haiti, diz a canção. Precisamos mais do que isso: pensar no Haiti e fazer algo para evitar o mesmo destino.

Por Fernando Gabeira

 

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