A governadora Wilma de Faria (PSB) rebateu as críticas da prefeita de Natal, Micarla de Sousa (PV), segundo quem a parceria entre os dois entes federativos não chegou a se concretizar. Demonstrando irritação, a chefe do Executivo do RN retrucou devolvendo a crítica: “Na área da saúde, para se ter uma ideia, o problema do Hospital Walfredo Gurgel é que a maior parte da demanda de pacientes vem de Natal, porque as unidades de pronto atendimento não estão funcionando”.
Em entrevista a um jornal da cidade neste final de semana, Micarla se queixou do tratamento recebido pelo Governo do Estado, dizendo que a boa-vontade do governo não tem se traduzido em “ações concretas”.
Wilma afirmou que não “culpando a prefeita” pelos problemas na saúde da capital, mas observou que “a instituição [Prefeitura de Natal] deveria fazer o trabalho da base”.
Ainda se contrapondo às declarações da prefeita, a governadora afirmou que os recursos do programa Pró-Transporte foram integralmente financiados pelo governo estadual, quando, segundo Wilma de Faria, deveriam ser custeados pela Prefeitura de Natal.
“No Pró-Transporte, por exemplo, os recursos deveriam ser financiados pela Prefeitura de Natal. Mas os R$ 72 milhões estão sendo totalmente financiados pelo Governo do Estado, inclusive a contrapartida do município. Eu assinei um convênio pra gente repassar R$ 7 milhões para pagamento da contrapartida do município pra obra não parar”, informou.
O Pró-Transporte é um conjunto de obras que visa melhorar o tráfego da Zona Norte através da construção de passarelas, viadutos, duplicação e melhoria de avenidas, estações de transferência intermunicipais, estações da CBTU, entre outras.
Wilma citou ainda a “cooperação” entre governo e município com vistas à realização da Copa de 2014 em Natal. A governadora afirmou que, graças à “participação ativa” do seu governo, a capital conseguiu captar R$ 400 milhões do PAC da mobilidade urbana para investimentos na área de trânsito e transportes.
“Foi o Governo do Estado que participou ativamente, tanto do ponto de vista administrativo, quanto técnico e político, para [Natal] conseguir quase R$ 400 milhões para mobilidade urbana”.
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