Mercadante e Eduardo Cunha são hostilizados em aeroportos em Portugal e no Brasil, respectivamente

É… Não tá fácil pra ninguém.

No fim de semana, Aloizio Mercadante, ex-ministro da Educação do governo Dilma, foi hostilizado no aeroporto de Lisboa. A versão que se tornou influente é a de que ele tentou furar fila. Não fica claro se foi isso mesmo o que aconteceu. Talvez fosse só um pedido de informação. Em benefício do ex-ministro, diga-se que o aeroporto da maravilhosa Lisboa é um dos mais mal sinalizados do planeta. Ele vai para o fim da fila sem reação. Já no Brasil, diz que vai processar os que xingaram. Vejam.

Também o ex-deputado Eduardo Cunha não teve vida tranquila num voo. Nesta segunda de manhã, foi ele o alvo dos protestos de uma passageira. “Senhor Eduardo Cunha, muito obrigada por roubar o Brasil inteiro Espero que o senhor apodreça na cadeia.” Ouvem-se aplausos.

O que eu acho?

O que sempre achei, vejam em arquivo. Embora eu compreenda a reação de indignação das pessoas tanto num caso como noutro — Cunha é quem é, dispensando apresentações; Mercadante é investigado por tentativa de obstruir a Lava Jato —, acho que se devem evitar manifestações desse tipo.

Um aeroporto ou um avião não são os melhores lugares para protestos dessa natureza. Há sempre um potencial de confusão em áreas especialmente sensíveis. Aliás, locais públicos geram reações destemperadas de um lado e de outro. Pra quê?

O Brasil que se indignou deu o seu recado nas ruas e pode continuar a dá-lo nas urnas e por intermédio da militância política. É assim que se avança.

Por Reinaldo Azevedo

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