Forças Armadas foram informadas na véspera sobre operação da PF

Os comandantes do Exército, general Tomás Ribeiro Paiva (ao centro da foto), e da Marinha, almirante Marcos Sampaio Olsen (à esquerda na foto), foram informados pela Polícia Federal na noite da quarta-feira, 7, sobre a Operação Tempus Veritatis, deflagrada na manhã quinta-feira, 8, pela Polícia Federal.

Os nomes dos militares visados pela operação, no entanto, foram preservados pelo órgão.

Como mostramos mais cedo, 16 integrantes das Forças Armadas foram alvos da PF. O ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o general Augusto Heleno e o general Valter Braga Netto estão na lista dos investigados.

Segundo as investigações, os militares teriam participado da elaboração de um golpe de Estado para obter vantagem de natureza política com a manutenção do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.

Além dos comandantes de Marinha e Exército, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, também foi comunicado por integrantes da PF de que ocorreria uma ação mirando militares . Oficialmente, a PF não informa o nome dos investigados, já que a ação ainda está em curso. O ministro do STF Alexandre de Mores, que autorizou as ações, ainda não derrubou o sigilo da operação desta quinta-feira.

Em comunicado, a Polícia Federal informou que as apurações apontam que o grupo investigado “se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas eleições presidenciais de 2022”, antes mesmo da realização do pleito, para “viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital”.

“O primeiro eixo consistiu na construção e propagação da versão de fraude nas eleições de 2022, por meio da disseminação falaciosa de vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação, discurso reiterado pelos investigados desde 2019 e que persistiu mesmo após os resultados do segundo turno do pleito em 2022”, declarou a PF em nota oficial divulgada há pouco.

Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), estão sendo cumpridos 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva em nove estados –Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás– e no Distrito Federal.

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