O esquecido: Jean-Paul Prates lembra suicídio de Getúlio, mas esquece Café Filho

O senador Jean Paul Prates fez um circunstanciado discurso, quinta-feira, no grande expediente, sobre os 65 anos do suicídio do presidente Getúlio Vargas que transcorre amanhã, enaltecendo vários aspectos da vida e obra do gaúcho de São Borja que tornou-se ditador depois de tomar o Governo do candidato eleito em 1930, sob a acusação de que o pleito havia sido fraudado, e depois protagonizou o golpe de 1937, até ser deposto em 1945, pelos militares brasileiros que haviam combatido o nazi fascismo na 2ª Guerra Mundial.

Getúlio Vargas voltou ao Governo em 1950 sendo eleito pelo voto popular, assim como o vice-presidente João Café Filho, único norte-riograndense a assumir a presidência da república, sem merecer uma só palavra de Prates no caudaloso discurso pronunciado, com um mandato de Senador do Rio Grande do Norte. A chegada de Cafè Filho a chefia do governo, foi consequência direta do suicídio de Getúlio.

Jean Paul Prates mora no Rio Grande do Norte há bem pouco, e  tendo ganho um mandato de quatro anos, com a renúncia da senadora Fátima Bezerra para assumir o Governo do Estado, não se preocupou em conhecer um mínimo  da história política do Estado que foi representar no Senado, que é a Casa dos Estados, onde todos os entes da Federação tem o mesmo peso e o mesmo número de representantes.

No episódio, o RN não tem de quem reclamar pelo fato do norte-rio-grandense a ocupar o maior cargo político do Brasil, não ter merecido um só registro ao completar 65 anos de sua posse.

Em tempo: Num país varrido pela corrupção, com alguns dos envolvidos na roubalheira enaltecidos pelo orador, Café Filho tornou-se exemplo e referência de homem público de conduta exemplar e exemplo de honestidade pessoal. Terminado seu Governo, Café foi trabalhar como corretor de imóveis no Rio de Janeiro, até o Governador do Estado da Guanabara, Carlos Lacerda,  sabendo das suas dificuldades materiais, o nomeou Ministro do Tribunal de Contas daquele Estado. – Ao morrer, Café Filho não tinha nenhum patrimônio depois de 50 anos de vida pública.

TL

Uma resposta

  1. É esse o grande representante do que o RN mandou para brasilia, estamos perdidos no tempo e no espaço

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