Em dois encontros com Lula, sendo o último quinta-feira passada, a presidente Dilma discutiu a reforma ministerial que pretende fazer até o final do mês. As informações em Brasília são as mais desencontradas. Ora se diz que as mudanças serão mínimas, ora que atingirão pelo menos sete ministérios.
O certo, entretanto, é que PMDB e PT, dois dos maiores partidos que integram a base de Dilma no Congresso, já travam uma batalha pelo comando das pastas mais importantes, como Cidades, na cota do PP.
Na sua fala ao Congresso, anteontem, o ministro Fernando Bezerra Coelho fez um esclarecimento que só reafirma a posição estratégica da pasta hoje comandada pelo baiano Mário Negromonte: não é a Integração quem libera o maior volume de recursos para Estados atingidos por enchentes e catástrofes, mas Cidades.
Daí, o olho grande do PMDB e também do PT. Havia uma expectativa também de que a presidente aproveitasse a o momento para reduzir o número de ministérios, fundindo secretarias com igual status. Nem isso, porém, é certo.
A única certeza é a de que o ex-ministro Ciro Gomes, cotado para Ciência e Tecnologia, não despachará na Esplanada porque não conta com o respaldo do PSB, o seu partido. Como confirmado também está o remanejamento de Aloísio Mercadante, da Ciência e Tecnologia, para Educação.