O PMDB está de olhos e ouvidos atentos à escolha do líder do PT na Câmara.
São dois os candidatos a líder: o atual vice-líder do Governo, José Guimarães (CE), e o deputado paulista Jilmar Tatto.
O primeiro tem o apoio do stablishment petista. O segundo pertence à ala que defende maior autonomia do partido em relação ao governo e até em relação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Por incrível que pareça, o grupo anti-stablishment tem vencido as principais disputas na bancada.
E é aí que mora o perigo para o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves.
Ele é candidato a presidente da Câmara num acordo de rodízio acertado, lá atrás, com o chefe de José Guimarães, o líder do governo, Cândido Vaccarezza.
Se Jilmar Tatto vencer a disputa pela liderança do PT, é possível que seu grupo queira rediscutir o tal acordo.
E Henrique — que já anda ameaçado por conta de sua briga recente com o Palácio do Planalto no episódio da demissão do presidente do DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra a Seca) — terá mais essa pedra a remover do meio do caminho.
Do Poder Online