Dia do Imigrante Italiano: conheça a história do chef que largou a Itália para viver em Natal e hoje comanda a cozinha do Páprika

Há 16 anos um turista italiano desembarcou em Natal com um grupo de 11 amigos para conhecer as belezas da Noiva do Sol. O passeio pelas belas praias e os agitos da noite natalense despertaram o desejo de um retorno em breve. No ano seguinte, o chef de cozinha Alessandro Pasotto já estava de volta. Dessa vez, com um único amigo. Foram cinco dias em Pirangi, outros cinco em Genipabu. E eles queriam mais. Alugaram um carro e saíram desbravando o litoral.

Entre um passeio e outro, nasceu a paixão por uma potiguar e o convite para trabalhar numa cantina italiana (Da Roberto, antigo restaurante La Paella) na praia de Ponta Negra. Foi o suficiente para uma transferência definitiva, oito meses depois. Nos últimos dez anos, Alex, como é mais conhecido, empresta a sua experiência de mais duas décadas para o Páprika Natal, restaurante italiano tradicional da cidade, que tem entre os destaques a pizza de forno a lenha e o risoto inigualável. O prato é uma das especialidades do chef e um dos mais pedidos da casa. Não é para menos.

Alex vem da cidade de Verona, produtora de arroz Vialone Nano, uma qualidade típica da região e que é muito utilizada no preparo do risoto. Uma vez por ano, uma das casas produtoras de arroz da cidade escolhe um chef para participar do maior concurso de risoto da Itália. Alex já levou o prêmio três vezes. “Eu aposto na simplicidade, no uso dos temperos tradicionais, que dão o verdadeiro sabor ao prato”, explicou.

O chef, que já se considera natalense, rodou alguns países da Europa para viver uma experiência gastronômica e acumula sete anos de estudos em um instituto italiano. O gosto pela cozinha foi herdado do pai, um caminhoneiro que aprendia receitas durante as viagens. Aos 14 anos, Alex já cozinhava para os amigos. “Cozinha pra mim significa coração”, resumiu.

COZINHA COM “JEITO ITALIANO”

Na rotina diária de trabalho no Páprika Natal, ele não abre mão de cuidar pessoalmente do preparo do pão, das massas e dos molhos. Tudo feito do jeitinho italiano. “É muito gratificante quando o cliente do restaurante vai até a cozinha ou chama a gente na mesa só pra dizer que gostou do prato, que aprovou o nosso trabalho”, disse, lisonjeado.

O imigrante italiano que escolheu a capital do RN para realizar o “sonho brasileiro” de trabalhar e curtir a vida em um lugar tranquilo e perto do mar, parece não se arrepender de ter deixado a Europa para viver por aqui. “Natal é minha segunda casa. Estou há 12 anos sem voltar à Itália. Minha família que vem me visitar. Encontrei uma cidade acolhedora, um povo hospitaleiro. É aqui que eu vou ficar”.

ASSESSORIA DE IMPRENSA

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