4/11/2013
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O presidente do PMDB, Henrique Eduardo, não é enfático, mas sinaliza para a existência do acordo com o PT. Ele também deixa em aberto a possibilidade de aliança com o PSB e com o DEM. E defende o PMDB das declarações recentes do vice-governador, Robinson Faria (PSD), que classificou de “acordão” o fechamento de uma chapa que teria o ex-senador e ex-ministro Fernando Bezerra (PMDB) disputando o governo e a deputada federal Fátima Bezerra (PT) o Senado.
“Nenhuma decisão tomada em relação a 2014. E só a teremos em 2014. Até lá, vamos conversar com todos que queiram conversar com o PMDB. Sem nenhuma imposição ou restrição a quem quer que seja”, diz o presidente da Câmara dos Deputados. Henrique confirma que o PMDB terá uma reunião com o PT para discutir alianças para 2014.
Após 30 meses de aliança com o governo Rosalba Ciarlini (DEM), o PMDB deverá se aliar ao PT num projeto de poder para o Estado, envolvendo as duas legendas que já são aliadas em nível nacional em apoio à presidente Dilma Rousseff.
O peemedebista avisa, entretanto, que, na construção da aliança estadual, não haverá radicalismo, nem intolerância, num sinal de que o PMDB deverá buscar incluir na coligação de 2014 partidos e lideranças que não farão parte do palanque da presidente Dilma Rousseff – ao menos no primeiro turno –, como PSB e DEM.
“Vencemos no passado o radicalismo e a intolerância – sei o que nos custou – e seria absurdo exercê-los”, afirmou, destacando que o “diálogo será franco, leal, coerente, e em torno de ideias que possam nos unir e o RN entender. Pelo convencimento. E pela firme aliança natural que temos, a primeira conversa será com o PT”, anunciou ele, confirmando as palavras da deputada Fátima Bezerra, em entrevista a’O Jornal de Hoje há uma semana, anunciando reunião do PT com o PMDB, autorizada pelo presidente nacional do PT, Rui Falcão.
Henrique não confirma a existência do acordo com o PT. Prefere dizer que, quando esteve com Rui Falcão, numa avaliação com Michel Temer, “no RN concordamos que poderia haver entendimento PMDB e PT. Eles pleiteariam Senado e apoiariam ao governo o PMDB”, afirma, salientando que as conversas “ainda irão acontecer com PT, e também outros partidos”.
O deputado, que conduz as articulações sobre as eleições de 2014 pelo PMDB, afirma que a legenda não irá impor, mas sim, pleitear. “Aspiramos à candidatura majoritária para o governo, lastreada num programa que, juntos, todos, formularíamos para a retomada do desenvolvimento do RN. O compromisso seria o programa. Os espaços pelo convencimento dos direitos de cada um, respeitando reivindicação dos outros”, diz o peemedebista, concluindo que é “chegada a hora de reunir os melhores quadros políticos e administrativos do Estado.
Sem vaidades nem ‘ninguém melhor do que ninguém’. O RN exige essa construção política pela grave situação que atravessa o Estado”.
JH