20/02/2012
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Um problema de saúde em família trouxe ao Rio Grande do Norte, nesta segunda-feira, 20 de fevereiro, o general de brigada do Exército Brasileiro, Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira, ele que é comandante da Missão de Paz das Nações Unidades para a Estabilização do Haiti. Um de seus tios, o que ele tem como pai, está com um problema grave de saúde.
O homem que é também chamado de Force Commander nos recebeu de forma bem simples sala da casa de seu tio no centro de Caicó, onde contou como foi parte de sua vida e trajetória militar até chegar a um dos mais importantes postos militares. Aos 55 anos, o general Ramos Pereira, disse que a missão é uma imensa responsabilidade e desde 2004 que o Brasil está na liderança da Missão. “Nós temos 19 países na missa da ONU em um país muito sofrido. A situação esta melhorando agora, mas precisa muito ser feito. Nós temos que ter muita paciência. É preciso entender a cultura do povo local”, disse.
Uma das coisas que mais se destaque no país é a engenharia que os batalhões de engenharia do Brasil têm desenvolvido. “A nossa menina dos olhos, como sempre digo, é a engenharia, inclusive temos homens do Batalhão aqui de Caicó, lá atuando. Eles estão limpando canais, asfaltando ruas, reconstruindo o país, nós reconhecemos a importância desse trabalho”, relata.
A vinda a Caicó, não estava programa, até porque é difícil sair do Haiti neste período, por causa da mudança de comando que deve ocorrer em março deste ano. O general Ramos Pereira, deve deixar o posto para que outro assuma. O comando da Minustah é sempre para um brasileiro. “Eu tive que pedir uma autorização especial ao embaixador da ONU Mariano Fernandes. Esse é o período em que ocorre a troca de comando”, afirma.
Indagado sobre os caminhos a serem seguidos e se ainda existia algum degrau a ser galgado na vida militar, o Geral Ramos Pereira, disse que estava feliz até onde tinha chegado e que estava pronto e a disposição dos seus superiores para assumir qualquer nova missão. “Sem falsa humildade, eu já recebi mais do que merecia. Deus me abençoou imensamente. O comandante do Exército sabe que minha missão termina agora em março e que eu estou pronto para o que me mandarem fazer”, afirma.
Para assumir o comando da missa no Haiti, o militar tem que ter experiência em missões de paz. O general Ramos, esteve na guerra da Bósnia entre 1992 e 1993, como observador militar, e depois ficou adido militar em Israel. Antes disso foi comandante de um batalhão de infantaria no Rio Grande do Sul, e quando nomeado para a Minustah estava comandante do batalhão de brigada infantaria em Pelotas/RS.
Da Tribuna do Norte