Ao reduzir a taxa básica de juros (Selic) de 6% para 5,5%, o menor patamar da história, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, sinalizou que a porta para novos cortes está aberta, o que animou o mercado nesta quinta-feira (19/9).
Em meio ao cenário econômico com inflação controlada, mas com baixo crescimento, economistas reduziram as projeções para a Selic no fim do ano a um patamar inferior a 5%, podendo permanecer assim ao longo de 2020. Alguns, inclusive, admitem que é possível ter juro negativo durante o processo.
A previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), é de 3,45%. Logo, se o custo de vida voltar a subir por conta das pressões do câmbio, é bem possível que os juros reais (descontada a inflação) fiquem negativos. Essa possibilidade é cogitada caso as previsões do BNP Paribas, que estima que a Selic chegará a 4,25% no fim do ano, se concretizem.