Guerra e pandemia são as causas da desvalorização do salário mínimo, diz Guedes

A desvalorização do salário mínimo teria duas causas: a pandemia da covid-19 e o conflito entre Rússia e Ucrânia. Essa é a opinião do ministro da Economia, Paulo Guedes, que falou nesta segunda-feira (9) em um evento sobre a perda do poder de compra por parte da população.

“A verdade é que essa geração pagou pela guerra, fizemos sacrifícios e ficamos sem aumento de salário, tivemos uma recuperação econômica forte. Não houve aumento de salário real porque, durante uma guerra, o normal é até ter perdas importantes. Estamos lutando para preservar salário mínimo, empregos e a capacidade de investimento do país”, disse ele durante evento.

Segundo relatório da corretora Tullet Prebon Brasil divulgado hoje, Jair Bolsonaro (PL) será o primeiro presidente a terminar um mandato com um salário mínimo com menor poder de compra do que quando começou a governar desde o início Plano Real, em 1994.

De acordo com os cálculos da corretora, a perda no salário mínimo será de 1,7% se a inflação não subir ainda mais do que o previsto no boletim Focus, do BC (Banco Central). As previsões vêm sendo revisadas para cima há 16 semanas e, descontada a inflação, o salário cairá de R$ 1.213,84 para R$ 1.193,37, entre dezembro de 2018 e dezembro de 2022.

Guedes disse ainda que atribuir essa perda de poder de compra ao governo é “desonestidade intelectual”.

“Fomos atingidos por essa outra guerra que aumentou os preços da comida e energia, dando sensação de perda do poder de compra, de empobrecimento, que está acontecendo no mundo inteiro. Por desonestidade intelectual, está sendo atribuída ao governo. O governo pega o país quebrado, uma pandemia, uma guerra que encarece comida e energia e ainda assim cresce”, declarou.

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