A Controladoria Geral da União (CGU) entregou ao Ministério Público da Paraíba (MPPB) 45 relatórios contendo análises de documentos apreendidos na ‘Operação Pão e Circo’.
De acordo com a Assessoria de Imprensa do MPPB, uma segunda análise será realizada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), já comprometida com a distribuição de tarefas entre a equipe, que trabalha em sigilo.
Esses documentos serão os principais subsídios para que a Ação Judicial seja encaminhada pelo Ministério Público. O objetivo deste encaminhamento é a condenação dos envolvidos nas irregularidades, que compreendem doze prefeituras paraibanas. O próprio chefe da Controladoria Regional da União no estado da Paraíba (CGU-PB), Fábio da Silva Araújo, entregou os relatórios, na sede do MPPB em João Pessoa, para o procurador-geral de Justiça Oswaldo Trigueiro do Valle Filho, que ressaltou a importância da parceria entre os dois órgãos.
Acompanharam a entrega os promotores de Justiça Octávio Paulo Neto, coordenador do Gaeco; Herbert Vitório Carvalho, também integrante do Gaeco; e João Arlindo, coordenador das Assessorias do Procurador-Geral. As prefeituras citadas nos relatórios são as da cidades de Mulungu, Mamanguape, Sapé, Solânea, Santa Rita, Alhandra, Boa Ventura, Cabedelo, Capim, Cuié de Mamanguape, Conde e João Pessoa.
A operação deflagrada foi o resultado de um ano de investigações feitas pelo Gaeco, que constatou a participação direta de prefeitos, seus familiares e servidores públicos, além de empresas “fantasmas” constituídas com a finalidade de desviar dinheiro público e fraudar procedimentos de contratação de serviços para a realização de eventos festivos (Ano Novo, São João e São Pedro, Carnaval, Carnaval fora de época, aniversários das cidades etc.).