As escaramuças do braço armado do PT com o MST

Sempre, com a aproximação das eleições, o tema surgia, isso vem desde os idos de 60. Eram as mesmas pessoas e figuras, as promessas eram sempre a divisão das terras e em especial as melhores e mais produtivas. Naqueles anos não era o MST, eram as Ligas Camponesas, que lideradas por Francisco Julião e contando com o apoio irrestrito do Governador de Pernambuco, o Sr. Miguel Arraes, faziam verdadeiras badernas no centro de Recife, com passeatas armados de foices e machados.

Veio a Revolução e o movimento foi abafado, assim mesmo na clandestinidade, muitos Engenhos e Fazendas foram queimados por pessoas arregimentadas no meio estudantil e que nada tinham a ver com as atividades rurais. Coitados, eram presos e ai vinha a Igreja Católica em defesa dos seus direitos, alegando que eles lutavam por melhores dias para os seus irmãos sofridos do campo.

A verdadeira Reforma Agrária foi feita por pessoas que nunca tinham participado desses movimentos. Para refrescar a memória, o Doutor Carvalho Pinto, quando Governador de São Paulo, fez uma divisão de terras nas margens da rodovia que liga Campinas a Itu e lá produziram muitas hortaliças e frutas.

No início dos anos 60, foi feito um assentamento de colonos Japoneses em Pium, em terras da Igreja e ao que parece nunca prosperou.

Durante os anos da Ditadura, foi feita a do Perímetro Irrigado Itans/Sabugi, no município de Caicó, em que foram distribuídos lotes com colonos selecionados, sem interferência de políticos e foi dada toda a infra-estrutura necessária, pois cada lote era composto de área destinadas ao plantio, uma casa e cortado por um canal com água permanente para a irrigação, até uma cooperativa foi constituída para ajudar aos colonos.

Inicialmente foi escolhida como cultura, o tomate industrial, que tinha mercado garantido para as Industrias situadas no Estado de Pernambuco. A falta de preparo e a mudança de condição de vida dos assentados levaram alguns a mudar de vida, pois não estavam preparados para a mudança financeira e administrar o dinheiro que ganhavam.

Aos poucos, os lotes foram sendo vendidos e como não podiam ser transferidos através de Escritura Pública, eram feitas as famosas escrituras particulares e assim foram mudando de titularidade, passando a maioria para alguns comerciantes da cidade, que usavam trabalhadores rurais como testa de ferro. A cultura do tomate foi dando lugar ao capim elefante, e os objetivos foram sendo desvirtuados.

Hoje, se for feita uma pesquisa vai ser comprovado que apenas uma pequena parcela dos lotes, pertencem aos primeiros colonos ou a seus descendentes. E em sua totalidade são destinadas as criações bovinas. Esta é a realidade da Reforma Agrária no Brasil.

O MST promove absurdos como o ocorrido com a Fazenda da Cutrale há poucos dias e o Governo Federal fica calado, a Polícia Federal não toma as providências e os desmandos dos Juliões modernos, financiados por verbas polpudas do erário continuam as suas estripulias e mostram que é um braço armado do PT.

Texto escrito pelo leitor Heronides Araújo Fernandes – Economista

3 respostas

  1. Sinceramente, Xerife, acredito que cerca de 80% dos sen terra são, na realidade, BANDIDOS disfarçados de camponeses!

  2. Grande leitor Heronides Araújo Fernandes – Economista que afirma (se não afirmasse escreveria com cautela) que a reforma agrária se resume a doar um pedaço de terra, por sinal conhece muito do que é realmente previsto em lei, ou não, o que é mais provável… sem falar de ainda cair, e aliás, reproduzir o que a imprensa golpista do país (como imprensa golpista, vide a história da TV Globo, Record, SBT, Band, Folha de São Paulo, Estadão, O Globo, Grupo Abril, etc…) vomita em seus jornais ou através de supostos comentaristas de primeira que ninguém sabe de onde vieram – e aliás, escutam antes o que eles dizem sem saber nada de seu passado – como um Arnaldo Jabor, Antonio Teles ou um Joelmir Beting, aliás ex-escritor da “linda” folha de São Paulo (é, aquela que chama a ditadura de ditabranda). A fazenda da Cutrale foi somente uma dentre várias lambanças, pra não usar outros termos, que o MST promoveu desde meados de 1994 para cá… Agora afirmar que o MST é um braço armado do PT (partido mais dividido e mau resolvido que a direita que governa Israel), além de ser um grupo terrorista, como afirmam alguns deputados do DEMOCRATAS (aliás, que se faça importante lembrar suas designações do passado como: UDN, Arena, PDS, PFL e finalmente DEMOCRATAS), é de uma ignorância tamanha, somente equiparável a de quem acredita no que transmite Christiane Pelajo e William Waack com o aval do “mestre” Torquemada da Globo, Ali Kamel. Sendo assim, informe-se mais sobre o que se passa no cenário político nacional através de diversas fontes, inclusive as imparciais, e pare de tomar para si o medo bronco e a fúria inconseqüente que a grande imprensa incute na mente de tantas pessoas quiçá, aliás, jamais serão economistas… Reproduzir o que qualquer um jornal desses, meia boca de muitos anos de “experiência” e milhões de reais, reproduz é muito fácil. Mas se esforçar para concluir, com propriedade, a realidade dos fatos é difícil, por que exige disposição e perspicácia do preguiçoso.

  3. Depois de tudo que foi discutido, das acusações e desqualificações exaltadas não sei se sobrou alguma coisa ou alguém, espero que não o Zelaia, Hugo Chaves e outros mais. Admiro e cada dia gosto mais do Brasil justamente por esta liberdade e contradições, onde se exalta de forma incondicional os aliados e se desqualifica impiedosamente os que lhes aponta as feridas.

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