UOL – A capacidade de padres, bispos e pastores de influírem no voto de seus fiéis caiu sensivelmente nos últimos anos, mas não a ponto de os candidatos a cargos majoritários poderem dispensar aparições ao lado de líderes religiosos e declarações públicas de apoio destes – aproximação na qual, dias atrás, o petista Fernando Haddad (PT) afirmou ver “risco de fundamentalismo”.
O diagnóstico é do professor sênior do departamento de sociologia da USP Reginaldo Prandi, que estuda religiões. Segundo ele, com a modernização dos cultos, o controle sobre as escolhas dos devotos se afrouxou. Para ganhar uma eleição, entretanto, prossegue o professor, ainda é preciso “responder ao jogo de pressões e fazer acordos”.
“[As igrejas] Vão querer saber que compromissos o candidato assumirá com a religião”, diz Prandi.