Deputado classifica de ‘migalha’ dinheiro enviado para combate à seca no NE

O deputado federal Júlio César (PSD) usou a tribuna da Câmara dos Deputados para classificar de “migalha” o valor anunciado pela presidente Dilma Rousseff a ser usado no combate à seca no Nordeste brasileiro. Segundo o parlamentar, tratamento bem diferente obteve o Estado de Santa Catarina, quando das cheias ocorridas em 2008. Na época, uma medida provisória encaminhada ao Congresso Nacional autorizava a liberação em caráter emergencial do valor de R$ 1,6 bilhão.

O questionamento feito é em relação ao valor da Medida Provisória encaminhada ao Congresso Nacional para socorrer as vítimas da seca. Do montante de R$ 2,7 bilhões, Júlio César alega que vários desses recursos já estavam previstos no Orçamento e foram incluídos no montante como se fossem novos recursos. “É o caso do Seguro Safra e de outros valores que já existiam. Descontado aquilo que já era previsto, o que sobra não ultrapassa a cifra de R$ 800 milhões. E isso para oito estados atingidos pela seca, dos nove existentes no nordeste, já que o Maranhão é o único que não enfrenta estiagem”, calcula.

O deputado avaliou que foi justo o tratamento do governo com Santa Catarina, e que até doou parte do seu salário para ajudar os necessitados daquele Estado. “O que eu não acho justo é que Santa Catarina, que tem seis milhões de habitantes, tem a renda per capita das mais alta do Brasil, o governo socorra prontamente com R$ 1,6 bilhão para reconstrução de obras e atendimento às vítimas, quando lá a população afetada foi de 1,5 milhão de pessoas. Já o Nordeste, com 53 milhões de habitantes, só afetados pela seca direta e indiretamente existem 26 milhões, editam duas medidas provisórias, com valores irrisórios”, protestou.

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