O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse hoje (11) que os envolvidos no esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e pagamento de propina, investigados pela Operação Lava Jato, “roubaram o orgulho brasileiro”. A afirmação foi feita durante entrevista coletiva no Paraná, na qual foram denunciadas 35 pessoas envolvidas no esquema.
“Eu queria dar um recado: essas pessoas, na verdade, roubaram o orgulho dos brasileiros”, disse Janot, e acrescentou que a denúncia de executivos de empreiteiras envolvidas no esquema é apenas o começo da investigação. “Estamos longe do final dela [investigação]. Essa é mais uma fase, a complexidade dos fatos nos leva de forma responsável, de forma muito firme, a afirmar que esta investigação chegará ao final”, completou.
O Ministério Público Federal (MPF) no Paraná denunciou hoje (11) 35 pessoas investigadas na sétima fase da Operação Lava Jato, entre elas o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef. Os nomes dos demais denunciados ainda não foram divulgados. Segundo o MPF, foram denunciadas pessoas ligadas às empresas Camargo Corrêa, Engevix, Galvão Engenharia, Mendes Júnior, OAS e UTC. O anúncio foi feito na tarde desta quinta-feira, no Paraná, em entrevista coletiva com a presença do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Durante a entrevista, Janot disse que o trabalho para elucidar todos os crimes “não será rápido” e que atuará dando apoio às investigações. “Meu papel aqui é dar apoio a essa nova fase que se inicia. O MPF não fala aquilo que fará, mas dá conhecimento à sociedade daquilo que fez e esclarece sua atuação”, disse. A Operação Lava Jato investigou um esquema de pagamento de propina, lavagem de dinheiro e evasão de divisas que, de acordo com a Polícia Federal, movimentou R$ 10 bilhões desviados de contratos da Petrobras.
Entre 2010 e 2011, uma empresa do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu recebeu R$ 886 mil da empreiteira Camargo Corrêa, na mesma época em que empresa firmou contratos com a Petrobras. Segundo reportagem publicada no site da revista Época nesta segunda (8), no mesmo mês em que fechou negócio com a empresa de Dirceu, a Camargo obteve dois contratos junto à estatal, no valor total de R$ 4,7 bilhões.
A Camargo foi contratada para prestação de serviços na refinaria Abreu e Lima. Segundo depoimentos do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, operador financeiro do esquema de corrupção na estatal desvendado pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, os contratos foram fechados por meio de pagamento de propina ao PT e ao PP. A revista lembra que, embora negue, Dirceu “indicou Renato Duque, então diretor de Serviços da estatal e responsável pelos contratos da Camargo, acusado por Costa, Youssef e por um empreiteiro de cobrar propina para o PT”.
As revelações da Operação Lava Jato não provocaram alteração relevante a imagem da presidente Dilma Rousseff (PT), segundo pesquisa Datafolha, divulgada neste domingo (07) pela Folha de São Paulo. Para 42%, a gestão Dilma é boa ou ótima. É a mesma taxa de 21 de outubro, quando, no final da eleição– com propaganda diária na TV–, ela atingiu seu melhor patamar desde junho de 2013.Já a desaprovação sofreu leve mudança: eram 20% os que julgavam Dilma ruim ou péssima, são 24% agora. A margem de erro é de dois pontos.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse hoje (6), em nota, que o Ministério Público Federal (MPF) está apurando a existência de nove crimes relacionados à Operação Lava Jato. Janot também citou que as investigações mostraram a ocorrência de “graves ilícitos envolvendo a Petrobras, empreiteiras e outros agentes que concorreram para os delitos”.
Os crimes citados pelo procurador-geral são de corrupção ativa, corrupção passiva, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, fraude à licitação, formação de cartel, associação criminosa, além de atos de improbidade administrativa. Janot reiterou que o MPF prioriza o combate à corrupção e “cumprirá seu dever constitucional e conduzirá a apuração nos termos da lei, com o rigor necessário”.
A nota diz ainda que o procurador-geral da República “não permitirá que prosperem tentativas de desacreditar as investigações e os membros desta instituição”, sem citar, no entanto, que tentativas teriam motivado tal manifestação. O procurador lembra que os depoimentos coletados em acordo de delação premiada têm auxiliado as investigações do esquema criminoso envolvendo a estatal. Janot encerra a nota reiterando que o trabalho do MPF e da Justiça no caso vai prosseguir. “Medidas judiciais continuarão a ser tomadas como consequência dessa investigação técnica, independente e minuciosa. O Ministério Público Federal reafirma seu dever de garantir o cumprimento da lei”.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, voltou a adotar hoje (5) discurso cauteloso sobre o suposto envolvimento do PT no recebimento de propina no esquema investigado pela Operação Lava Jato. Segundo ele, os depoimentos de executivos da empresa Toyo Setal não provam que a campanha de Dilma Rousseff à Presidência, em 2010, foi alimentada com dinheiro ilegal. “Não está claro que [a propina paga por empresas] teria sido destinada à campanha da Dilma em 2010 ou para o governador A, B, C, D ou Y. Ou seja, de onde se tira isso? Não se pode fazer especulações políticas como investigações”, salientou Cardozo.
A Justiça Federal em Curitiba contabiliza cerca de R$ 100 milhões bloqueados das contas-correntes e fundos de investimentos de investigados na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Na semana passada, o juiz Sérgio Moro, responsável pelas investigações, determinou o bloqueio das contas dos investigados e empresas ligadas ao esquema.
Nesta terça-feira, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal informaram à Justiça que conseguiram bloquear cerca de R$19 milhões nas contas de Ildefonso Colares Filho e Othon Zanóide de Moraes, ligados a empresa OAS, e de Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras. Até momento, somados os valores bloqueados, desde a semana passada, nas contas-correntes pelo Banco Central ou diretamente nas instituições, no caso de fundos de investimentos, chegam a cerca de R$ 100 milhões. Os valores serão transferidos para uma conta da Justiça Federal.
O vice-presidente da Camargo Correa, Eduardo Leite, que está preso na Superintendência da PF em Curitiba, pediu hoje à Justiça o desbloqueio de suas contas. Ele alega que sua mulher e duas filhas são dependentes dele e precisam dos recursos para sobreviver. A defesa do executivo alega que o saldo de R$ 463 mil tem origem legal.
O pânico espalhado por advogados e agentes públicos de que o país pode parar caso empreiteiras denunciadas na Operação Lava Jato da Polícia Federal sejam declaradas inidôneas é, por números e lógica, pouco racional. Segundo a Folha de São Paulo, a estratégia do medo foi lançada no fim da semana passada pelo advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que trabalha para algumas das envolvidas. Ao longo da semana, o discurso foi repetido até pela presidente Dilma Rousseff.
Quando uma empresa é declarada inidônea, ela pode ficar até cinco anos proibida de contratar com qualquer órgão público. Mas a lei e o bom senso permitem que as obras que estão em andamento sigam normalmente. Somente quando comprovado que um contrato tem preços acima do mercado, é possível renegociá-los. Em geral, as empresas concordam com essa repactuação e seguem na construção. Em alguns casos, o órgão público e a companhia levam a questão à Justiça sem parar a obra.
O maior evento esportivo que o Brasil já sediou foi realizado com a ajuda das empreiteiras investigadas pela operação Lava Jato da Polícia Federal. As empresas participaram de sete dos doze estádios construídos para a Copa do Mundo de 2014. Ao todo, essas arenas somaram R$ 4,6 bilhões, o equivalente a 57,3% dos R$ 8 bilhões previstos no orçamento total dos estádios.
A OAS, que teve cinco executivos e funcionários presos, foi responsável pela construção da Arena das Dunas, em Natal. O estádio custou R$ 400 milhões, dos quais R$ 396,6 milhões foram financiados via BNDES. O espaço tem capacidade para receber até 42 mil pessoas. A maior parcela dos gastos com os estádios da Copa foi realizada por meio de financiamentos do BNDES aos governos estaduais que sediaram o megaevento. É o caso, por exemplo, da Arena Castelão, para a qual o estado do Ceará pediu empréstimo de R$ 351,5 milhões para ser construída.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) concedeu financiamentos de R$ 2,4 bilhões para as nove empreiteiras investigadas pela operação Lava Jato, entre 2003 e junho de 2014. Ao longo dos anos, foram 2.481 operações realizadas, sendo que 2.471, ou R$ 1,6 bilhão, foram “financiamentos indiretos automáticos”, geralmente concedidos às micro, pequenas e médias empresas. Tais operações não precisam passar por avaliação prévia do BNDES e possuem limite máximo de R$ 20 milhões em crédito.
A empreiteira mais beneficiada por este tipo de financiamento foi a Camargo Corrêa, que conquistou R$ 502,5 milhões por meio de 857 operações, ou seja, média de R$ 586,3 mil por empréstimo. A Odebrecht também conseguiu crédito alto: R$ 449,4 milhões em 412 empréstimos. Se considerada a média por operação, os financiamentos concedidos para a empreiteira foram os mais generosos, de R$ 1,1 milhão. Em seguida, no ranking, estão a Queiroz Galvão – a quem o banco concedeu R$ 401,2 milhões em 619 operações, média de R$ 648,2 mil por operação – e a UTC, que contraiu financiamentos com o banco no valor de R$ 134,2 milhões por meio de 410 operações, média de R$ 327,3 mil. Ainda de maneira indireta e automática, as empresas menos favorecidas foram a Mendes Junior (R$ 56,1 milhões em 89 operações), Galvão Engenharia (R$ 39,8 milhões em 50 operações), OAS (R$ 18,1 milhões em 16 operações) e Engevix (R$ 9,6 milhões em 12 operações). A Iesa, por sua vez, possui seis financiamentos no valor total de R$ 971,5 mil
Os ministérios da Defesa, dos Transportes, das Cidades, da Educação, da Ciência, Tecnologia e Inovação, de Minas e Energia e da Integração Nacional desembolsaram recursos para as empreiteiras investigadas pela operação Lava Jato este ano. Ao todo, os pagamentos somam pouco mais de R$ 2 bilhões em 2014.
A capilaridade das empresas é alta. Se consideradas as unidades orçamentárias que contratam obras e consultorias com as empresas, tal onipresença fica ainda mais evidente. São nove unidades, incluindo o DNIT e a VALEC, que voltaram a ampliar investimentos em obras e equipamentos este ano, logo após a faxina ética por denúncias de corrupção em 2012.
Além dos R$ 59 bilhões recebidos de convênios e serviços prestados em obras da Petrobras, as empreiteiras sócias do “clube” investigado pela Operação Lava-Jato receberam, entre 2010 e 2013, repasses diretos de R$ 13,8 bilhões por contratos firmados com cinco ministérios: Transportes, Integração Nacional, Defesa, Educação, e Minas e Energia. Dessa bolada, mais de um terço — R$ 4,453 bilhões — foi contratado com dispensa de licitação. As informações são de um levantamento feito a pedido do Correio pela ONG Contas Abertas, com base em informações do banco de empenhos do portal Siga Brasil, mantido pelo Senado Federal.
O levantamento analisa os contratos feitos pelos ministérios com Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, UTC/Constran, Mendes Júnior, Engevix, IESA e Andrade Gutierrez. Também foram contabilizadas empresas controladas por essas companhias e os consórcios formados entre elas para tocar as obras. “O fato de haver irregularidades nos contratos com a Petrobras não significa necessariamente que haverá problemas nos outros, mas é necessário que os órgãos de controle passem a limpo o conjunto dos contratos. É preciso saber se o ‘clube’ dos empreiteiros também agiu em outras pastas”, completou o economista e fundador da Contas Abertas, Gil Castello Branco.
Onze suspeitos detidos na sétima fase da operação Lava Jato já deixaram a carceragem da Superintendência da Polícia Federal no Paraná após a soltura deles ter sido determinada pela Justiça, segundo a PF. Os acusados estavam sob regime de prisão temporária, que tem prazo de cinco dias, desde a última sexta-feira (14). Os suspeitos saíram da PF cobrindo os rostos e escoltados por advogados.
A soltura foi obtida por Alexandre Portela Barbosa, da construtora OAS, Ednaldo Alves da Silva e Walmir Pinheiro Santana, da UTC, Carlos Eduardo Strauch Albero e Newton Prado Júnior, da Engevix, Otto Garrido Sparenberg e Valdir Lima Carreiro, da IESA, Othon Zanoide de Moraes Filho e Ildefonso Colares Filho, da Queiroz Galvão, Jayme Alves de Oliveira Filho, apontado como subordinado do doleiro Alberto Youssef e Carlos Alberto da Costa Siva, suposto emissário das empreiteiras.
Doze acusados do caso ainda estão na carceram da PF em regime de prisão preventiva, que não tem limite de duração. Entre eles estão o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e Fernando Soares, apontado como operador do PMDB no esquema de corrupção na Petrobras.
O lobista Fernando Soares, conhecido como “Fernando Baiano”, apontado como operador do PMDB no esquema de corrupção que atuava na Petrobras, se entregou na tarde desta terça-feira (18) na sede da Polícia Federal, em Curitiba. O advogado dele, Mário de Oliveira Filho, afirmou na segunda-feira (17) que o cliente é usado como “bode expiatório” na operação Lava Jato. Baiano era considerado foragido da polícia.
“O Fernando está sendo usado como bode expiatório e ele não tem nada com o PMDB, com ninguém, absolutamente ninguém, nada, zero de PMDB”, disse o advogado na segunda-feira. De acordo com Mário de Oliveira Filho, Soares havia se colocado à disposição para colaborar com a investigação da PF assim que foram divulgadas na imprensa informações sobre o seu suposto envolvimento no esquema de corrupção e pagamento de propinas na Petrobras, em abril deste ano.
A Polícia Federal (PF) pediu hoje (18) ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato, a prorrogação da prisão temporária de seis investigados na sétima fase da operação. Entre eles está o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque.
A PF também pediu a prorrogação da prisão de três executivos ligados à empreiteira OAS e mais dois dirigentes da UTC. No mesmo pedido, a Polícia Federal solicitou ao juiz que mais nove investigados sejam soltos, todos ligados às empresas Engevix. Iesa e Queiroz Galvão. Os pedidos serão avaliados ainda hoje.
Os executivos presos na sexta-feira (14) continuam depondo na Superintendência da PF em Curitiba. Hoje, os delegados fazem a oitiva de diretores ligados às empreiteiras UTC e Camargo Correa. Dos 25 mandados emitidos pelo juiz, 23 foram cumpridos. Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, e Adarico Negromonte Filho continuam foragidos.
A ação da Polícia Federal e do Ministério Público conseguiu garantir, até agora, a devolução de quase meio bilhão de reais desviados da Petrobras no megaesquema de propinas revelado pela Operação Lava-Jato, atualmente em sua sétima fase. A devolução de R$ 447 milhões está prevista nos acordos de delação premiada de cinco envolvidos no esquema.
O valor supera os R$ 367 milhões em reajustes irregulares em quatro contratos com empreiteiras que atuam na construção da Refinaria Abreu e Lima, apontados em relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), em setembro. A maior devolução será feita pelo ex-gerente executivo de Engenharia da Petrobras Pedro Barusco, no valor de R$ 253 milhões. O ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, peça-chave do esquema, comprometeu-se a devolver R$ 70 milhões.
As empresas denunciadas na operação Lava Jato receberam R$ 576,1 milhões da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa pública vinculada ao Ministério de Ciência Tecnologia e Inovação. Ao todo, os valores celebrados em contrato chegam a R$ 682,4 milhões. Dentre os financiamentos, três foram concedidos a “fundo perdido”, quando não há reembolso.
O contrato de maior valor foi celebrado com a Queiroz Galvão, relativo ao projeto “Atlanta”, campo na Bacia de Santos de onde se extrairá petróleo e que, possivelmente, dobrará a receita da empresa. A iniciativa tem o custo total de R$ 266,1 milhões, dos quais R$ 252,8 milhões já foram liberados. O presidente da Queiroz Galvão, Ildefonso Colares Filho, foi um dos presos da Polícia Federal na última sexta-feira (14).
Se o mundo da política, e mais particularmente o PT, o PMDB e o PP, está tenso com os próximos desdobramentos da Operação Lava-Jato, muito dependerá do quanto será descoberto e da disposição em falar daqueles que, até o momento, são apontados por delatores e investigadores como o elo entre o “clube das empreiteiras”, que pagavam propinas nos contratos da Petrobras, e os partidos políticos. Nas palavras do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef, as conexões entre o cartel denunciado pelo juiz Sérgio Moro e as legendas eram feitas pelo tesoureiro do PT, João Vaccari Neto; por Fernando Soares, o Fernando Baiano, pelo PMDB; e por Adarico Negromonte, pelo PP.
Os dois últimos tiveram mandados de prisão expedidos na última sexta-feira, mas são os únicos que se encontram foragidos. Vaccari, por enquanto, não tem nada, além das citações de Paulo Roberto Costa e de Youssef, ligando-o ao caso. A Polícia Federal emitiu um mandado de busca e apreensão na casa da cunhada de Vaccari, Marice Correia Lima. “Ela não tem nada a ver com o Vaccari. Ela trabalhou no PT há muito tempo, ainda nos tempos de Delúbio Soares. Desde que o Vaccari assumiu a tesouraria do PT, ela não trabalha mais lá”, afirmou o deputado Ricardo Zarattini (PT-SP). O tesoureiro disse que “repudia veementemente as acusações”.
As empresas envolvidas na operação Lava Jato celebraram contratos com a Petrobras que somam R$ 59 bilhões. Mas, além da estatal, as nove empresas mencionadas no esquema receberam R$ 11,4 bilhões do governo federal entre 2004 e 2014. Apenas duas delas, a Odebrecht e a Queiroz Galvão, foram beneficiadas com 57,1% do valor pago. A Polícia Federal cumpriu ontem mandados de busca e apreensão na sede dessas empresas. São elas: Camargo e Corrêa, OAS, Odebrechet, UTC, Queiroz Galvão, Engevix, Mendes Júnior, Galvão Engenharia e Iesa.
As empresas que mais receberam recursos do Orçamento Geral da União foram a Construtora Queiroz Galvão e a Construtora Norberto Odebrecht, que receberam R$ 3,2 bilhões cada uma nos últimos 11 anos. O ranking dos três primeiro lugares fica completo com a “Construções e Comércio Camargo Corrêa S/A”, que angariou R$ 1,9 bilhão no período.
Ainda na casa do bilhão, a Galvão Engenharia S.A. recebeu R$ 1,2 bilhão do governo federal ao longo desses 11 anos. Em seguida, a Mendes Junior, com R$ 861,3 milhões e a OAS, uma das maiores doadoras das campanhas eleitorais destas eleições, que foi beneficiada com R$ 775,7 milhões. A Engevix e a Iesa receberam, respectivamente, R$ 122,6 milhões e R$ 71,4 milhões. Já a UTC, claramente a menos favorecida, recebeu R$ 189,7 mil no mesmo período de tempo.
Os dados foram levantados pelo Contas Abertas no portal de transparência da Controladoria-Geral da União no período disponível, de 2004 a 2014. Assim sendo, caso as denúncias sejam comprovadas no que diz respeito à Petrobras, as referidas empresas poderão ser consideradas inidôneas, com repercussão em obras que executam para órgãos federais recebendo recursos do Orçamento Geral da União.
Apesar da preocupação reinante com os desdobramentos da operação Lava-Jato, da Polícia Federal, e do desgaste da imagem do partido, dirigentes do PT tentaram passar ontem um clima de normalidade, mesmo diante da prisão do ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, e do pedido de prisão de Marice Corrêa de Lima, cunhada do tesoureiro da legenda, João Vaccari Neto. O silêncio sobre o assunto imperou ontem no PT.
O líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP), afirmou que o partido não vai “acobertar” nenhum investigado na Operação Lava Jato. Segundo o petista, a prisão de Renato Duque e de funcionários de grandes empreiteiras mostra que a PF tem “independência”. “Mesmo que ele tenha sido indicado pelo PT para a diretoria, ele não foi indicado para cometer crime. Nós não vamos acobertar erros de ninguém”, disse ele a’O Globo.
A Justiça Federal rejeitou, hoje (15), três pedidos de habeas corpus de dirigentes de empreiteiras presos ontem (14) na sétima fase da Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF). As decisões foram proferidas pela desembargadora Maria de Fátima Freitas Labarrère, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), de Porto Alegre. Nas petições, as defesas de Eduardo Emerlino Leite, diretor da Camargo Correa, e de Agenor Franklin Magalhaes Medeiros e Jose Ricardo Nogueira Breghirolli, ligados a OAS, alegaram que os decretos de prisão são ilegais por não fundamentarem as participações dos acusados dos fatos.
Os advogados de Eduardo Emerlino, que ainda não teve prisão confirmada pela PF, também alegaram questões de saúde para pedir que a prisão preventiva seja tranformada em domiliciliar. Segundo eles, o investigado é portador de hipertensão arterial de “difícil controle, chegando a registrar picos de 19 por 10 [mmHg (milímetros de mercúrio)]”. Na decisões, a desembargadora indeferiu as liminares para libertá-los por entender que não há constranagimento ilegal nas prisões, determinadas pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal, de Curitiba.
Segundo o Estado de São Paulo, o governo está atônito com a velocidade da Operação Lava Jato, que levou à prisão presidentes de grandes empreiteiras e o ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque, indicado para o cargo pelo ex-chefe da Casa Civil José Dirceu, condenado no processo do mensalão. A maior preocupação, agora, é com a blindagem da presidente Dilma Rousseff e com a extensão do escândalo, já considerado no Palácio do Planalto como a pior crise política do governo petista desde a administração de Luiz Inácio Lula da Silva.
Dilma está em Brisbane, na Austrália, para participar neste fim de semana da Cúpula do G-20, o grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo. Ela se encontrava com integrantes da equipe econômica para acertar detalhes que serão apresentados durante o encontro quando soube da nova fase da Lava Jato e da prisão de Duque. As informações sobre a ação da Polícia Federal e as prisões chegaram às mãos de Dilma antes das 21h desta sexta no horário de Brisbane (perto de 9h em Brasília).
Na capital federal, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foi avisado da megaoperação pelo diretor-geral da PF, Leandro Daiello, às 6h30 desta sexta. Daiello acordou Cardozo. O chefe da PF disse ao ministro que a sétima fase da Lava Jato seria avassaladora, atingindo doadores de campanha eleitoral e escancarando o esquema de corrupção que assolou a Petrobrás.
Está muito próximo o dia em que a Operação Lava Jato, que investiga corrupção na Petrobras, chegará de uma vez ao mundo da política. O ministro Teori Zavascki, relator do caso no Supremo Tribunal Federal, analisa o que fazer com os nomes de 70 pessoas citadas nas investigações e delações premiadas. Esses 70 nomes são de pessoas com foro privilegiado – que só podem ser julgadas pelo STF, ou seja, políticos com mandato no Congresso Nacional, por exemplo.
Quem contou ao blogue do Fernando Rodrigues, sobre o volume de nomes de políticos em análise no STF foi o presidente nacional de um dos maiores partidos brasileiros. Ele teve acesso à informação, mas não aos nomes exatamente que estão nas mãos do ministro Teori Zavascki. As agremiações mais atingidas, de longe, são PMDB, PP e PT.
A Polícia Federal concluiu nesta terça-feira (15) o relatório final da Operação Lava Jato, que investiga o esquema de lavagem de dinheiro chefiado pelo doleiro Alberto Youssef, preso há três semanas no Paraná. O esquema movimentou ilegalmente R$ 10 bilhões.
Além de Youssef, foram presas 14 pessoas envolvidas no esquema. Outro detido na operação é o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa. A investigação diz que ele ajudou uma empresa de fachada de Youssef a fechar um contrato milionário com a estatal.
Quatro relatórios foram entregues à Justiça Federal do Paraná. A PF indiciou 46 pessoas pelos crimes de formação de organização criminosa, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, entre outros. No total, foram cumpridos 105 mandados de busca e apreensão, 19 de prisão preventiva e 12 de prisão temporária. E dois doleiros foram indiciados por financiamento ao tráfico de drogas.
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