Pesquisa FIERN/CERTUS avalia instituições, partidos e poderes

A segunda pesquisa FIERN/CERTUS, divulgada neste domingo, 29 de julho, apresenta mudanças significativas em relação à primeira, tornada pública em maio, em decorrência da definição de nomes, nas chapas majoritárias; da desistência e entrada na disputa de novos atores políticos, no Senado; e da ampliação do leque de questionamentos juntos aos eleitores, que extrapolaram as questões eleitorais e sondaram os entrevistados sobre as instituições, a participação dos empresários na formulação dos programas de governo, os meios de comunicação e as reformas da previdência e trabalhista.

A pesquisa revela a força de velhos atores políticos, como os prefeitos, e o descrédito que atinge os poderes constituídos, os partidos políticos e a imprensa. Para 19,72% dos entrevistados, os prefeitos são as lideranças que mais influenciam na escolha de quem eles irão votar, seguidos pelo padre, 6,38%; vereador, 5,2%; pastor evangélico, 4,18%; deputado estadual, 3,83%; e líder comunitário, 3,05%.

Entre as instituições mais confiáveis, a Igreja Católica lidera, com 50%. Em seguida vêm as forças militares, 13,97%; poder judiciário, 8,01%; imprensa, 4,33%; poder executivo, 1,13%; e poder legislativo, 0,99%. A pesquisa avaliou também a atuação do Judiciário que é ótima para 4,12%; boa 13,28%; regular 31,68%; ruim 12,29%; péssimo 21,59%; e não sabe 17,05%.
O desalento com as eleições foi apurado. Perguntados sobre como “se sente em relação à eleição deste ano para eleger presidente, governador, senador, deputados federais e estaduais”, 42% dos eleitores responderam que estão sem nenhuma disposição para votar; 23,26% “com pouca disposição para votar”; 21,06% responderam que “vai depender dos candidatos”; e 13,12% estão “com muita disposição para votar”. Os eleitores se posicionaram sobre possíveis mudanças advindas para o país com as eleições: 50,57% dizem que não haverá mudança, enquanto 46,52% acreditam que ocorrerá. A descrença atinge também os partidos políticos. Segundo os entrevistados, o que mais pesa na escolha do seu voto é o candidato, com 49,15%; seguidos pela própria família, com 13,12%; partido, com 8,87%; e líder local, 8,16%.
As reformas da previdência e trabalhista foram objeto do questionário elaborado pela FIERN/CERTUS. A da Previdência é considerada necessária para 21,36% e desnecessária para 67,21%; e não sabe 11,00%. Em relação à trabalhista, 45,21% é totalmente contra; 10,57% nem a favor e nem contra; 10,43% parcialmente a favor; 8,73% totalmente a favor; 7,45% parcialmente contra; e 17,03% não sabe.

A pesquisa aponta as principais áreas (múltipla escolha) em que o futuro governador deverá priorizar suas ações. São elas: saúde 31,41%, segurança 27,38%, educação 24,81%, geração de emprego 11,30%, sanar os problemas do estado 2,62%, e trazer indústrias para o estado 2,28%. Deixa claro também que a religião continua tendo um peso importante na vida da população. Para 87,09% dos entrevistados é importante que o seu candidato acredite em Deus, e não é importante para 10,57%.

Os senadores e as bancadas potiguares na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa foram avaliados pelos eleitores.

A atuação do senador Garibaldi Filho é considerada ótima para 4,04%, boa 17,09%, regular 29,08%, ruim 11,91%, péssima 23,69%, não sabe 14,04%; José Agripino tem atuação ótima para 3,33%, boa 12,41%, regular 26,24%, ruim 14,04%, péssima 29,79% e não sabe 14,11%; Fátima Bezerra tem atuação ótima para 10,43%, boa 23,69%, regular 28,23%, ruim 8,37%, péssima 17,16% e não sabe 11,99%.

Para 1,49% dos entrevistados a atuação dos deputados federais do RN é ótima; 6,31% consideram boa; 27,09% regular; 17,23% ruim; 31,21% péssima; 16,60% não sabe. Esses números são próximos dos apresentados em relação aos deputados estaduais. Para 1,70% a atuação dos parlamentares estaduais é ótima; para 8,09% é boa; regular 29,01%; ruim 15,67%, péssimo 27,45%; e 18,09% não sabe.

A pesquisa procurou saber a opinião das pessoas sobre a participação dos empresários, em níveis estadual e federal, na formulação dos programas de governo. Para 2,70% é muito positiva; positiva para 20,51%, muita negativa 6,67%, negativa 33,22%, indiferente 13,27%, nenhum 0,07% e não sabe 22,71%.

Registrada na justiça eleitoral com os códigos RN-08199/2018 e BR-04763/2018, a pesquisa “Retratos da Sociedade Potiguar” realizou 1.410 entrevistas domiciliares entre os dias 21 a 25 de julho de 2018 em todo o estado. A margem de erro é de 3,0% para mais ou para menos. Público investigado: eleitores maiores de 16 anos residentes nas sete regiões do estado do Rio Grande do Norte. É a segunda de cinco que a Federação das Indústrias publica.

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