13/10/2009
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Meus amigos,
Confesso que hesitei. Confesso que tentei resistir! Confesso, igualmente, que sucumbi aos incessantes apelos, através de telefonemas, de amigos, ansiosos por ouvir a minha opinião sobre a mais comentada passagem da corrida dos cavalinhos, na semana que se encerrou: a visita da governadora a diversos municípios do Seridó, cujo palanque constituiu, literalmente, um “balaio de gatos”, ou mais precisamente, um saco de pancadas, “entre tapas e beijos”. Enfim, a mais verdadeira trapalhada cenográfica politica dos últimos tempos.
Em relação à campanha de 2006: pediu perdão para o imperdoável; tentou justificar o injustificável; tentou recuperar os votos já perdidos e abarganhar outros já esquecidos; buscou unir, num mesmo palanque, históricos adversários, como se ela fosse a pacificadora exemplar; pediu o fim do radicalismo, quando, na verdade, sua prática de governar constitui um eterno palanque de desaforos e insultos a seus antecessores; enfim, apelou para a “falta de memória”, num patente gesto de desrespeito à inteligência do nosso povo. Para completar a patética cena, pediu, em nome da terra, do desenvolvimento de cada município, a união de todos, mesmo dos mais ferrenhos adversários. Apenas ratificou o velho dito popular “faça o que digo, mas não faça o que eu faço”. Tudo, ao contrário do que tentou passar para o povo, em nome do ego, onde extravasa o medo, o rancor, o ódio e a certeza das promessas não cum pridas! Massageou o ego dos amigos e dos inimigos, pois, agora, sim, a “titia” precisa do voto de todos! E já não pode mais escolher, ou rejeitar qualquer palanque!!!
Depois desse panorama geral, quero responder aos meus amigos sobre o esdrúxulo cenário montado em Parelhas, minha terra natal! Confesso que, se eu fosse do elenco do toma-lá-dá-cá, apenas repetiria o bordão “Prefiro não Comentar!”. Mas, como telespectador desse verdadeiro jogo do toma-lá-dá-cá político, não poderia me omitir e, aqui, expressar o mais veemente repúdio a todos aqueles que participaram dessa trapalhada política! Ao contrário do que se diz, ali não se juntaram lideranças, até porque, há tão pouco tempo, eles assim não se consideravam reciprocamente! Pelo contrário, todos sabem e ainda se lembram dos adjetivos usados um contra o outro, durante toda a campanha de 2006. Ali, apenas estavam egos estremecidos de ódio e de preconceito, pois, para o povo, depois daquela campanha, só restaram mágoas, intrigas, perseguições, denúncias de corrupção patente, até hoje não explicitadas!
Pergunto: com o gesto de Romildo, abraçado ao seu maior discriminador, sepultaram-se todas as denúncias de corrupção de que ele sabe? Rasgaram-se todas as notas de distribuição de combustível, na mais deslavada prática de uso da máquina administrativa, que ele denunciou? Enterraram-se os desmandos da CPI do lixo e da saúde? Sucumbiram-se os preconceitos contra o analfabeto, contra o empresário, contra aquele que, caso vencesse a eleição, jogaria Parelhas num caos sem volta? São perguntas que não querem calar!
Não venham eles, agora, dizer que tudo foi armado em nome da nossa Terra! Suas práticas e seus gestos, até pouco tempo vividos na campanha, desmascaram esta farsa! Como diz o ditado, “quem não te conhece que te compre”! Em nome do EGO, SÃO CAPAZES DAS MAIS REPUGNANTES ATITUDES!
Por Expedito Cardoso
Foto: Formiga Preta e Francisco Medeiros