Thriller político destinado a dividir opiniões, “Polícia Federal – A Lei é para Todos” pretende lançar, no dia 7, mil cópias em circuito nacional. O número é alto. Em 2010, “Tropa de Elite 2”, precedido pelo sucesso do primeiro filme, estreou em 600 salas.
Para chegar ao sucesso comercial esperado pelos produtores, o filme, com orçamento de cerca de R$ 16 milhões, que trata da Operação Lava Jato até março de 2016, aposta em narrativa e edição ágeis e cenas de perseguição.
Lança mão também do didatismo, às vezes com narrador em primeira pessoa, a fim de facilitar o entendimento do intrincado caso de corrupção e desvio de dinheiro público.
O longa enfrentará desafios. Um é fazer com que o brasileiro se interesse por uma história contada todos os dias pelos jornais, rádios e TVs nos últimos três anos e meio.
Outro é resistir aos olhares críticos, por tratar de matéria-prima vida real. Desde o título, o filme assume a visão dos policiais, o que não é negado pela produção.
“O noticiário trata do ‘pós-fato’, quando as coisas já aconteceram. Quisemos mostrar o ‘pré-fato’, como foi feita a investigação”, diz o diretor Marcelo Antunez. “O único jeito de contar isso é falar dos investigadores. Muitos detalhes do que aconteceu as pessoas não conhecem.”