Em blitz do Detran, PMDF espanca e algema jornalista Sheila Souza

Na madrugada dessa quinta, a jornalista Sheila Souza, 28 anos, voltava da casa de amigos na Asa Norte com destino à Águas Claras, quando foi parada em uma blitz da Lei Seca, na altura da quadra 508 sul. Durante a abordagem, uma viatura da PM encostou na traseira de seu carro e ligou a sirene, parada diante de um dos policiais, e sem saber o que estava acontecendo, ela apresentou o documento do carro e habilitação, documentos todos em dia, não fosse pelo detalhe de que por infelicidade, ela não portava o documento 2017, mas, o IPVA, DPVAT e seguro obrigatório estavam quitados, como era possível ver no sistema, inclusive.

O policial mandou a jornalista descer do carro, em seguida houve discussão, pois foi pedido o teste do bafômetro, Sheila alegou não ter ingerido álcool, não satisfeito o policial, gritava com a moça, e dizia que ia fazer de tudo para prejudicá-la.
Coagida, a jornalista decidiu por fazer o bafômetro, que deu resultado negativo para embriaguez. Em seguida ela foi algemada, derrubada no chão, sofreu socos, puxões de cabelo e foi espancada pela equipe. Uma das policiais chamada Francineide deu voz de prisão, mandou-a para uma das viaturas, Sheila, já cambaleante entra em uma das portas do carro abertas.

A policial a tira pelos cabelos de forma truculenta e a joga no chão. Algemada, sem defesa, a jornalista é literalmente arremessada dentro do camburão, espaço onde são transportados os contraventores. Conduzida até a 5° DP, onde a jornalista chegou inconsciente, foi colocada no chão com outros presos, em seguida levada para uma cela. Sheila prestou depoimento, na presença de seu advogado, foi liberada com posse de seu documento do veículo, que está no pátio do Detran. Em seguida foi feito o exame de corpo e delito no IML.
Sheila entrará com processo contra a PMDF.
Irá até a instância judicial em busca de reparo financeiro e moral. Já que o psicológico e físico infelizmente não podem sofrer reparos.
O delegado responsável pelo plantão agiu com bom senso, já que a motorista é ré primária, sem antecedentes criminais, não praticou nenhum ilícito no trânsito, participando apenas de uma discussão com policiais militares, que a todo momento a ameaçavam , ele permitiu que Sheila ficasse em sua sala até a chegada de seu advogado. “Sai de casa para comemorar um contrato de trabalho, e fui tratada como bandido na rua por quem deveria me defender. Um país em que 3 homens e uma mulher fortemente armados batem em uma cidadã como eu, sem que se pese nenhum motivo contra minha conduta, é realmente lamentável. Fui atacada! E não vou descansar enquanto a justiça não for feita!”

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Posts Recentes

Categorias