O UOL noticiou que, na metade do ano que vem, o bagaço e a palha da cana-de-açúcar irão se transformar em matéria-prima para a produção de combustível, conhecido no mercado como “etanol de segunda geração”. Atualmente, o etanol disponível nos postos de gasolina é obtido por meio da fermentação do açúcar contido na cana. O bagaço da planta é usado apenas por algumas usinas para gerar energia elétrica, e parte da palha fica na lavoura, como fertilizante para a terra.
Com esse reforço de matéria-prima, será possível elevar a produção total de biocombustível em 30% sem precisar aumentar o cultivo de cana-de-açúcar, calcula Robson Freitas, diretor de negócios em novas tecnologias do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC). Localizado em Piracicaba (a 160 km de São Paulo), é considerado um dos maiores institutos de pesquisa em cana-de-açúcar do mundo.
Depois de sete anos de estudo, o centro será responsável pela produção do novo biocombustível –que ainda não tem data definida para chegar aos postos. A produção inicial será de três milhões de litros de etanol de segunda geração (também chamado de celulósico) por ano, na usina São Manoel, localizada em município paulista de mesmo nome.