8/02/2011
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O ex-deputado e ex-prefeito de Assú, Ronaldo Soares, concedeu entrevista ao Grande Jornal da Rural AM, apresentado por este blogueiro, na qual fez um balanço atual momento político vivido naquele município, a eleição do filho George Soares e sua divergência com o atual prefeito, Ivan Júnior. Confira alguns tópicos da conversa de hoje (08).
Erro Histórico da ex-governadora Wilma de Faria
Wilma entendeu de trazer para Assú de novo Fátima Morais, que estava afastada por muito tempo. Quando Wilma ganhou a eleição, e Fátima fazia parte do seu staff, resolveu trazê-la para ser candidata a prefeita de Assú e, a partir daí, acharam que desgastando a pessoa de Ronaldo Soares podiam construir um ambiente político diferente.
Nova geração na política de Assú
Eu trouxe essa geração para a política, como Ivan Júnior e George, e muitos nomes bons. Fiz um esforço desse e abrir mão, quando podia pleitear outros cargos na vida pública do Rio Grande do Norte. Construí uma vida pública reconhecida. E depois o prefeito Ivan Júnior achou que a afirmação política dele é a destruição de minha história. Uma das estratégias que eu usei para proteger a candidatura do prefeito Ivan foi trazer a discussão do que a governadora Wilma estava fazendo em Assú, para impor sua vontade e não deixar que a cidade reunisse seus segmentos e traçasse seu destino.
Ivan e sua mente confusa
O prefeito Ivan é candidato a reeleição, a deputado estadual, federal, senador. A mente dele é uma coisa muito confusa, porque um jovem com 31 anos recebe uma prefeitura de mão beijada e isso não o satisfaz. Imagine a confusão política mental que estabeleceu o processo na vida dele.
Caos na prefeitura
A minha decepção com o prefeito Ivan é conceitual. Nós deixamos R$ 2.752.000 nos cofres da prefeitura disponíveis para o prefeito trabalhar. Deixei as obras licitadas. São quase dez milhões. Através de emendas parlamentares, todas empenhadas, foram mais sete milhões e 315 mil
Ingratidão de Ivan Júnior
Ele (Ivan) nunca foi capaz de dizer obrigado. Um rapaz que passou quatro anos almoçando e jantando na minha casa. Eu cheguei a dizer que estava criando ele. Politicamente era uma luta tão grande contra o governo do estado, que era preciso que se tomasse conta da campanha realmente.
Projeto Y
Houve uma combinação na campanha de governador. Ele gravou uma reunião, para mostrar a Carlos Augusto [Rosado] e depois me chamou para uma coisa chamada Projeto Y, onde ele disse: “vocês apóiam Iberê, nós apoiamos Rosalba”. Eu estava buscando apoios políticos que estão com a governadora Rosalba, que possam também apoiar George. Ele disse que isso não podia. Quer dizer que não há como Rosalba arranjar um apoio par ajudar George? “Pode não”.
Falta de apoio
Ivan ficou foi mangando de mim, dizendo que estava doido, em cima de um carro-de-som, procurando voto desesperadamente. A minha decepção com o prefeito Ivan não é só de ordem política, é uma questão conceitual. Ele não tem um projeto em Assú.
Briga de brincadeira
O motivo da minha grande queixa, dentre outros, foram a desatenção, a ingratidão. Ele disse que ia liberar dois vereadores e umas lideranças para ajudar.
O prefeito trabalha para ele
Quando ele pegou as obras que eu deixei, ele dizia estar trabalhando. Só está trabalhando para ele. Eu quero saber onde estão as obras da administração municipal. Na enchente de 2008, não podia ter recursos do governo. O dinheiro foi repassado para o estado. A governadora Wilma de Faria não recuperou um estrago. Em 2009, de R$ 8,5 milhões que a prefeitura de Assú recebeu, em 2009, o que foi feito desse dinheiro. Eu quero que ele me dê esse relatório, porque se tiver uma enchente esse ano, que quero saber o que foi resolvido. Em 2008, nada foi resolvido. Se der uma enchente, vamos viver os mesmos problemas de 2008 e 2009. O prefeito não me responde, porque ele não tem o que responder.
Apoio de João Maia a George Soares
Dentro do partido [da República], João Maia foi extremamente correto. Ele fez um mapeamento das regiões, foi chamando e foi somando. Para todos os candidatos, ele fez uma partilha dentro do PR, para que todo mundo tivesse oportunidade e complementasse a sua eleição.
Maioria esmagadora de Rosalba em Assú
Quando foi no final da campanha de 2008, eu consegui com o senador José Agripino liberar Rosalba para ir para o palanque de Ivan. Eu vinha sendo pisado por Wilma e o meu destino era apoiar Rosalba. Nós a trouxemos para o palanque de Ivan Júnior. E começamos a campanha apoiando Rosalba. E ela mesma sempre esteve muito presente em Assú, compatível com sua história bem construída. Isso deu a ela um prestígio pessoal em Assú. A decisão de votar em Rosalba é do povo de Assú mesmo. Não foi uma coisa construída por ninguém.