Demitida do governo em setembro e em silêncio desde então, a ex-ministra da Cultura Ana de Hollanda, 64, decidiu falar. E cantar. “Tinha que mostrar essa volta por cima”, diz, encostada numa janelona com vista para o mar em Copacabana. A ex-ministra compôs uma espécie de canção-resposta sobre sua passagem pelo ministério. Chama-se “Para Voltar”.
Antes de voltar a compor, logo após a demissão, ela diz ter penado durante um mês com pesadelos diários que a jogavam de volta à rotina ministerial. “Antes do [ano] 3.500 eu não volto para lá”, afirma sobre Brasília.
A capital federal, segundo ela, é cenário de “um jogo muitas vezes sujo, sem ética nenhuma”. “As pessoas […] priorizam os holofotes, o que vai dar mais efeito.”