
O presidente da Câmara, deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB), está sentindo a pressão popular crescer como fogueira de São João. Se continuar engavetando a proposta de CPI para investigar os escândalos no INSS, corre o sério risco de não conseguir mais frequentar, em paz, sequer os festejos juninos em sua terra natal — quanto mais um shopping, restaurante ou praia.
A população, especialmente no Nordeste, está atenta e impaciente. A criação da CPI do INSS ganhou apoio popular por conta das denúncias de desmandos, atrasos e irregularidades no órgão, afetando milhões de brasileiros. Mas Hugo Motta parece preferir o silêncio burocrático ao barulho das panelas — e das vaias.
Na Paraíba, sua terra natal, já tem eleitor dizendo que se o deputado aparecer nas festas de São João, pode acabar trocando o forró por uma sonora vaia pública. A cobrança é direta: ou ele coloca a proposta para o plenário decidir, ou sua carreira política pode virar quadrilha – e não daquelas dançadas nas festas juninas.
Se continuar nessa toada, Hugo Motta arrisca trocar o título de presidente da CCJ pelo de “persona non grata” nas praças e arraiais da Paraíba.