Reino Unido vai tratar parte de pacientes da Covid-19 com remdesivir

O Reino Unido vai liberar o uso do antiviral remdesivir para alguns pacientes de Covid-19 que tenham mais chance de se beneficiar com o medicamento. A decisão faz parte de uma estratégia tomada junto com a farmacêutica Gilead, informou o Ministério da Saúde britânico nesta terça-feira.

Segundo a pasta, informações preliminares obtidas em testes clínicos em todo o mundo mostraram que o medicamento poderia acelerar em até quatro dias o tempo de recuperação de pacientes com Covid-19.

“Enquanto atravessamos esse período desafiador, precisamos estar na dianteira dos últimos avanços clínicos, garantindo em primeiro lugar a segurança dos pacientes”, disse o ministro de Inovação britânico, James Bethell. “Vamos continuar monitorando os avanços dos testes clínicos pelo país para garantir os melhores resultados para os pacientes britânicos.”

O governo disse que a administração da droga será determinada pela probabilidade de benefício para determinado paciente, mas não informou ao certo quantos serão tratados com ela.

O Instituto Nacional de Saúde (NIH) americano informou na semana passada que dados dos testes do remdesivir mostraram que o medicamento oferece mais benefício para pacientes da Covid-19 que precisam de mais oxigênio, mas que não necessitam de ventilação mecânica.

Os pesquisadores também disseram que “em função da alta mortalidade, apesar do uso do remdesivir”, o mais provável é que o medicamento seria mais eficaz sendo combinado a outros tratamentos contra a Covid-19.

Stephen Griffin, professor associado da Universidade de Leeds, no Reino Unido, celebrou a decisão da adoção do remdesivir no tratamento contra a Covid-19, dizendo que “o mais provável é que pacientes mais graves de Covid receberão a droga em primeiro lugar”.

“Podemos esperar um aumento das taxas de pacientes recuperados e uma redução no’índice de mortalidade”, disse Griffin.

A farmacêutica Gilead disse esperar ter até o fim deste mês resultados de seu estudo sobre remdesivir em pacientes com sintomas moderados da Covid-19.

O Globo

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