O Partido dos Trabalhadores (PT) tenta reverter na justiça os processos de privatização da Copel, companhia de energia do Paraná, e da Eletrobras. Para o Estadão, o “esperneio estatizante do PT” é um “franco desrespeito a decisões legislativas democráticas”.
O jornal paulista destaca em editorial desta quarta-feira (5) que o PT do Paraná contesta no Supremo Tribunal Federal (STF) a privatização da Copel com “argumentos semelhantes aos apresentados pela Advocacia-Geral da União (AGU) na ação de inconstitucionalidade, que tramita também no STF, questionando critérios da capitalização da Eletrobras”.
“Ardilosamente, o governo alega não estar pedindo na Justiça a reestatização. Mas, na prática, está sim”, constata o Estadão.
“A marcha petista para reverter, na marra, decisões tomadas por parlamentares eleitos legítima e diretamente pela população é, acima de tudo, antidemocrática na essência. Por esse motivo o Judiciário deveria rejeitar liminarmente qualquer iniciativa dos partidos derrotados, salvo se estivermos diante de flagrante inconstitucionalidade, o que não acontece em nenhum desses casos”, defende o jornal, que lembra que o deputado Arilson Chiorato (foto) já havia ameaçado “retomar” a Copel na justiça nas sessões da Assembleia Legislativa do Paraná que encaminharam a privatização.
O Antagonista