O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou na noite desta segunda-feira (6) que a entrega da articulação política do governo ao PMDB não vai “melhorar nem piorar” a relação do partido com o Palácio do Planalto.
A conselho do presidente Luís Inácio Lula da Silva, Dilma convidou nesta segunda (6) o peemedebista Eliseu Padilha, hoje ministro da Aviação Civil, para ocupar a pasta de Relações Institucionais. O objetivo é estancar a crise com o PMDB, principal aliado da petista no Congresso. Com Cunha à frente, o partido tem sido responsável por derrotar o governo em votações importantes nos dois últimos meses.
“Cabe a ela a escolha de seus ministérios. Não quero que seja atribuído na conta do meu partido. Se é uma escolha dela, tudo bem. Se tá na conta do PMDB, já não é uma coisa que a gente vai levar em consideração”, disse Cunha à Folha de S. Paulo. Segundo ele, a articulação política do governo pode ser bem feita com qualquer partido.
“Se ela escolheu por opção dela, parabéns, mas da nossa parte não há nenhuma indicação dessa natureza nem achamos que isso é razão para melhorar ou piorar a situação”. O petista Pepe Vargas, atual ministro das Relações Institucionais, perdeu força após liderar uma mobilização contra a candidatura de Cunha à presidência da Câmara.