PF afirma que Lula é ‘amigo’ em planilha e recebeu R$8 milhões da Odebrecht

lula braços

A Polícia Federal suspeita que o codinome ‘amigo’ encontrado em planilhas de propinas da Odebrecht, é o ex-presidente Lula. O fato foi revelado em relatório do delegado Felipe Hille Pace que indiciou o ex-ministro Antonio Palocci por corrupção passiva nesta segunda-feira, 24.

Em um documento do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, ‘Amigo’ é destinatário de R$ 23 milhões. Esse era o setor responsável pelo pagamento de propina a políticos, agentes públicos, ex-dirigentes da Petrobras, segundo a Lava Jato.

Pace afirma que “que existe respaldo de provas e coerência investigativa” em considerar que o “Amigo” das planilhas seja o ex-presidente, mas ressalta que as investigações de crimes supostamente praticados por Lula são conduzidas por outro delegado da PF, Márcio Adriano Anselmo. Segundo ele, Anselmo já tem conhecimento dos “elementos probatórios”.

“Luiz Inácio Lula da Silva era conhecido pelas alcunhas de “Amigo de meu pai” e “Amigo de EO”, quando usada por Marcelo Bahia Odebrecht e, também, por “Amigo de seu pai” e “Amigo de EO”, quando utilizada por interlocutores em conversas com Marcelo Bahia Odebrecht”, diz o relatório subscrito pelo delegado federal Filipe Hille Pace. A sigla EO seria referência a Emíilo Odebrecht, patriarca do Grupo Odebrecht.

Ainda segundo a PF, o codinome “Amigo” aparece como beneficiário de R$ 8 milhões debitados do saldo do que a chamou de “conta-corrente da propina” da empreiteira com o PT, a planilha italiano. O codinome aparece ainda na planilha da conta Paulistinha, que listava remessas em dinheiro feitas pela empreiteira em São Paulo, com a “saída” de R$ 300 mil em 30 de outubro de 2014.
O ‘italiano’, segundo a PF, é uma referência a Antonio Palocci. Segundo a Lava Jato, entre 2008 e o final de 2013, foram pagos pela Odebrecht mais de R$ 128 milhões ao PT e seus agentes, incluindo o ex-ministro.

O advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, afirmou, por meio de nota, que “a Lava Jato não apresentou qualquer prova que possa dar sustentação às acusações formuladas contra o ex-presidente Lula. São, por isso, sem exceção, acusações frívolas, típicas do lawfare. Na falta de provas, usa-se da ‘convicção’ e de ‘achismos’”.

Diário do Poder

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