Pesquisa mostra que 38% dos brasileiros dão calote com cartão de crédito

Pouco adianta a queda nas taxas de juros — já constatada por inúmeras pesquisas — se os consumidores não dão conta de pagar o que já devem. O grande vilão da saúde financeira, segundo pesquisa da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) divulgada ontem, é o rotativo do cartão de crédito, ou seja, os juros acumulados no saldo devedor dos casos em que a fatura não é paga integralmente. Nada menos que 38,1% das famílias disseram não conseguir quitar as compras feitas com o plástico na data de vencimento. O valor médio das contas é de R$ 500.

O crédito rotativo é a modalidade mais cara do endividamento. Outro levantamento feito pela Proteste mostra que os juros nesse caso chegam a 323% ao ano no Brasil, a maior taxa cobrada entre seis países da América Latina analisados. A média é de 197,47% ao ano. Com tributos tão elevados, não é de se surpreender que as famílias brasileiras, sobretudo as de classe C, estejam superendividadas. De acordo com a entidade de defesa do consumidor, os débitos comprometem, em média, 42% da renda familiar — o ideal é que não passassem dos 30%.

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