Os desafios de Rosalba no ano que começa hoje

Há exatos 24 anos, a pediatra Rosalba Ciarlini (na época filiada ao PDT) era empossada no seu primeiro cargo eletivo. Prefeita de Mossoró, consagrada nas urnas; vitória maiúscula sobre o favorito Laíre Rosado.

A administração foi um sucesso. Rosalba iniciou o processo de urbanização da zona norte da cidade, dando um banho de pavimentação nas estreitas e desarrumadas ruas dos bairros Santo Antônio, Bom Jardim e Barrocas.

Rosalba concluiu o mandato com quase 90% de aprovação popular, mas não conseguiu eleger o sucessor, Luiz Pinto, derrotado nas urnas pelo prefeito Dix-huit Rosado. Quatro anos depois, a volta triunfal, com uma vitória esmagadora sobre a adversária e hoje deputada Sandra Rosado (PSB).

No segundo mandato, Rosalba realizou o governo da reconstrução, vez que recebeu a terra arrasada das mãos da própria Sandra. Quatro meses de salários atrasados, dívidas com fornecedores, lixo acumulado nas ruas, frota de veículos sucateada. Mossoró foi reconstruída ao final dos quatro anos, credenciando a prefeita à reeleição, que veio em 2000.

Rosalba se reelegeu para cumprir o terceiro e mais importante mandato à frente da Prefeitura de Mossoró. Obras estruturantes, como o Teatro Dix-huit Rosado, Ginásio Pedro Ciarlini, Centro Administrativo, implantação do Distrito Industrial e, principalmente, início do projeto de saneamento básico, que permitiu o crescimento do imobiliário; daí, voos mais altos.

Elegeu-se senadora da República em 2006, sendo a primeira mulher do RN a assumir tal posto.

Os quatro anos no Senado foram marcados por sua atuação na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), tendo aprovado quase 200 matérias de interesse do cidadão brasileiro e sendo relatora de projetos importantes, como o da transposição do rio São Francisco, que beneficiará cerca de 12 milhões de nordestinos; da regulamentação das profissões de mototaxista e motoboy e do piso salarial dos agentes comunitários de saúde. Rosalba também é autora da PEC que aumenta a licença-maternidade para seis meses.

A atuação no Senado serviu de trampolim para se eleger governadora em 2010; aí, o seu maior desafio na vida pública: recuperar um Estado quebrado e fazer o RN acontecer. Hoje, dois anos depois, a governadora Rosalba é consciente que a sua missão ainda não foi cumprida e que precisará de mais tempo para resgatar a palavra empenhada.

Por isso, a segunda metade do seu governo terá de promover uma reviravolta, principalmente sob o ponto de vista popular. Essa é a missão reservada para 2013, como porta de entrada para 2014.

Por César Santos

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