Operador de propinas na Petrobras movimentou R$ 220 milhões

Um laudo contábil-financeiro elaborado por peritos criminais da Polícia Federal revela que entre 2003 e 2014 foram movimentados R$ 220 milhões, em valores brutos, na contas de Mário Góes – apontado como operador de propinas na Diretoria de Serviços da Petrobras. Góes está preso em Curitiba, base da investigação da Operação Lava Jato, desde fevereiro.

Análise preliminar dos peritos indicou que a movimentação financeira nas contas de Mário Góes e de empresas ligadas a ele (Riomarine Oil e Gás Engenharia e Empreendimentos LTDA e Mago Consultoria S/C LTDA), se acentuou a partir do biênio 2008/2009. Investigadores da Lava Jato suspeitam que a Riomarine é uma empresa de fachada, usada para ‘esquentar’ dinheiro de propina em contratos frios de consultoria.

Outro ponto que chamou a atenção da PF foi “um porcentual elevado de saques realizados em espécie diretamente pelo caixa do banco e que totalizam valores da ordem de R$ 70 milhões”. “Tal prática é corriqueiramente aplicada em operações voltadas a ocultar ou dissimular os reais beneficiários dos recursos sacados, sobretudo em situações que envolvam o pagamento de vantagens indevidas”, diz o laudo.

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