Em condições plenas de temperatura e pressão bolsonaristas, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) indicados pelo presidente anterior, jamais inclinariam seus esforços em prol de um indicado pelo atual mandatário, Lula. No entanto, sabem que, afora o protocolo do Senado, a convivência com o advogado Cristiano Zanin na corte será certa e por muito tempo.
Por isso, se mobilizam em seu favor. O jornal O Globo destacou que André Mendonça e Kassio Nunes Marques contribuem para que Zanin seja bem recebido na corte, entre os evangélicos e pela horda da extrema-direita.
Enquanto o segundo ajudou na organização de jantar com grupo de senadores do PL, entre eles Carlos Portinho (RJ), prontamente declarado senador favorável a Zanin. Nunes tem revelado que a indicação do presidente Lula é “ótima”.
Na força-tarefa, o outro ministro bolsonarista, André Mendonça, tem papel junto à classe evangélica (ligada ao ex-presidente, visto que nem todo evangélico é bolsonarista), intercambiando articulação em torno de Zanin. Um deputado carioca, que auxilia Mendonça, neste trabalho, o Cezinha de Madureira, disse que o ministro tem sido capaz de convencer a direita de que Zanin é um bom nome.
É nestas profundezas que moram dois votos: o de Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e do potibuar Rogério Marinho (PL-RN). Ambos já receberam recomendação do ministro Mendonça para receber e escutar o indicado de Lula, que, ao que se mostra, não terá dificuldades de aprovação no Senado.