“Não queremos ser conhecidos como o país da propina”, diz Moro nos EUA

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava-Jato em Curitiba, afirmou em discurso na Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos, que o Brasil tem avançado no combate à corrupção.

O magistrado, que foi o principal orador na formatura da universidade, citou o ex-presidente americano Theodore Roosevelt ao destacar que o Brasil não se envergonha de estar expondo sua corrupção, definida por ele como “endêmica ou até mesmo sistêmica”.

“Não queremos ser conhecidos como o país da propina, mas como uma democracia forte”, pregou o juiz, lembrando que a Lava-Jato já atingiu grandes empresários, ministros e até um ex-presidente, em referência a Luiz Inácio Lula da Lula.

Segundo ele, as investigações mudaram a mentalidade dos brasileiros: “há pouco tempo atrás a corrupção parecia invencível”, destacou. Moro fez menção a tentativas de interromper as investigações:

“Muitos criminosos e seus aliados não querem mudar o status quo de corrupção e impunidade. Eles são muitos e poderosos. Apesar disso, a investigação, os processos e julgamentos estão ocorrendo. Todos estão sob a proteção da lei. Mas isso também quer dizer que ninguém está acima dela, destacou.

Ao fim do discurso, o juiz aconselhou os estudantes a não se esquecerem da importância do respeito às leis.

Ao falar para os formandos, Moro citou as familiaridades entre as histórias de Brasil e Estados Unidos. Segundo ele, os dois países foram colônias, viveram o flagelo da escravidão e tiveram seus povos formados por imigrantes de diversas origens.

O Globo

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