Na Síria, EUA reabilitam sua “diplomacia do míssil”

Em caso de dúvida, “faça um sujeito entrar no quarto com uma arma na mão”. A receita para problemas do enredo, do clássico autor de romances policiais americano Raymond Chandler, foi revisitada por vários presidentes dos EUA —-em caso de dúvida, lance mísseis Tomahawk.

Donald Trump, com seus 59 Tomahawks lançados contra a Síria, é apenas o mais novo membro do clube, iniciado com o lançamento de 288 desses mísseis contra o Iraque na Guerra do Golfo de 1991, quando o presidente era George H. W. Bush (o “Bush pai”), hoje nome de porta-aviões nuclear.

O irônico é que, em declarações anteriores, especialmente na campanha eleitoral, Trump se posicionou contra a intervenção na Síria. O uso de armas químicas pelos sírios foi agora um bom pretexto para entrar em ação. Mas ninguém tem ideia de até onde ele pretende ir. Possivelmente, nem ele.

Seria um mero caso de pressionar sírios e seus aliados russos? Ou Trump pensa em depor o ditador sírio, Bashar al-Assad, como aconteceu com o líbio Muamar Gaddafi? O bombardeio vai continuar tentando “decapitar” a liderança síria? Ou seria o caso de usar forças especiais? Pressão econômica faria parte da receita? Ou o ataque foi apenas uma “punição” pelo uso de armas químicas?

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