Maquiador caicoense virou o queridinho das socialites

Rosman Braz, paparicado por suas clientes: 300 reais pelo serviço

Um estacionamento de bolsas Hermès, Gucci, Chanel e Valentino se forma na bancada da antessala do 2º andar do Salão 1838, na Rua Estados Unidos, nos Jardins, onde Rosman Braz, de 38 anos, dá expediente. Numa contabilidade rápida, os acessórios colocados ali em uma trivial manhã de terça-feira ultrapassam 200 000 reais quando somados. A clientela, em grande parte formada por mulheres endinheiradas da sociedade, bate ponto no local para ter a pele transformada pela habilidade do maquiador. No comando de uma equipe de cinco funcionários, Braz cobra 300 reais pelo serviço e chega a faturar 30 000 reais por mês, em média.

Filho de pai comerciante e de mãe dona de casa, o profissional nasceu em Caicó, pequeno município localizado a 252 quilômetros de Natal, no Rio Grande do Norte. A família queria que fosse padre ou médico. Aos 14 anos, porém, o garoto fascinado por produtos de beleza colocou um espelho no quarto, comprou um difusor — hit absoluto nos anos 80— e passou a atender as amigas para a principal balada do município, a festa da padroeira da cidade, Senhora Sant’Ana.

Mudou-se para São Paulo em 1997, quando fez cursos de maquiagem no Senac. Atuou em alguns salões importantes, mas ganhou destaque mesmo com uma passagem de três anos no estabelecimento de Marcos Proença, um dos principais nomes do mercado. “Aprendi com ele a ter planejamento e a pensar no salão como um todo”, afirma.

 

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