Líderes sindicais que acompanharam Lula em viagem à China tiveram custos bancados pelo governo

Os líderes sindicais que acompanharam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em viagem à China tiveram custos bancados pelo governo. O presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Sérgio Nobre, afirmou ao Poder360 que, além do voo bancado pelo Executivo, a organização dos demais custos da viagem foi feita pelo Itamaraty.

“A organização dos custos ficou com o Itamaraty. Então, da nossa parte, a gente veio cumprir agenda. Então, isso aí é com eles [Itamaraty]”, disse Nobre em entrevista.

O objetivo da viagem para os sindicalistas, segundo Nobre, foi abrir diálogo com empresas chinesas que desejam atuar ou atuem no Brasil, e fortalecer relações com os representantes de sindicatos chineses. Ele afirma que, ao compor a comitiva brasileira, os sindicalistas deram um “recado” importante sobre a atuação no país.

“As empresas que vão [investir] têm que saber que lá no Brasil tem os sindicatos, tem centrais sindicais organizadas. E é importante que todo conflito que surja da relação de emprego seja resolvido na mesa de negociação. [É] respeitar os sindicatos e organização sindical”, declarou.

“O grande desafio hoje para a classe trabalhadora brasileira é retomar o crescimento vigoroso da economia com geração de emprego de qualidade. O investimento chinês é muito importante […] Mas, esses empregos precisam vir acompanhados de proteção social porque a gente sabe que no mundo o trabalho, em especial nas plataformas [digitais], é sem nenhum tipo de regulamentação”, disse.

A comitiva de Lula também incluiu Miguel Torres, presidente da Força Sindical, Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), e João Pedro Stédile, presidente do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). Torres afirmou que representantes sindicais devem compor outras comitivas de viagens internacionais de Lula.

“Uma coisa mais importante ainda: em todas as viagens em que a comitiva internacional vem com o presidente e outros [representantes do governo] também, os trabalhadores não vinham. O presidente Lula já iniciou agora que, além de empresários, também virão trabalhadores e foi esse caso. Obrigado, presidente Lula”, declarou o presidente da Força Sindical.

Na viagem à China, Lula se reuniu com representantes de sindicatos chineses na manhã na 6ª feira (14.abr), em Pequim.

1º DE MAIO UNIFICADO

Os sindicalistas brasileiros também convidaram representantes sindicais da China para comparecer no evento de 1º de maio. Como em anos anteriores, as centrais sindicais brasileiras organizam um evento único em homenagem ao Dia do Trabalhador, em 1º de maio. Será realizado no Anhangabaú, em São Paulo.

“Fizemos um convite para que eles mandassem representantes para o nosso 1º de maio, que vai ser unificado no vale do Anhangabaú, em São Paulo. Será o ato nacional conjunto com todas as centrais sindicais”, afirmou Sérgio Nobre.

Poder 360

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