O juiz de Caicó, Luiz Cândido Villaça negou ter declarado a qualquer veículo de comunicação ser favorável ao desaforamento do julgamento do Gordo da Rodoviária e Dâo, dois dos envolvidos na morte do jornalista F. Gomes, marcado para o dia 05 de agosto deste ano. “O que fiz foi apenas ter confirmado durante resposta ao Tribunal de Justiça do clima de comoção social que existe na cidade com relação ao júri. E isso eu não menti em nada, mas jamais me posicionei contrário ou favorável ao desaforamento do júri”, disse o juiz em conversa com os blogueiros Marcos Dantas e Sidney Silva nesta tarde de terça-feira (09).
Apesar de deixar claro que a decisão sobre o pedido de desaforamento, que partiu da defesa dos réus, ser do mérito do Tribunal de Justiça, o juiz disse que se sentir muito preparado para comandar o júri, caso permaneça da forma que está, marcado para o dia 05 em Caicó.
“Que será um júri de muita repercussão, isso todos nós sabemos, mas estou preparado para conduzir os trabalhos, da forma mais imparcial possível. A única possibilidade de o júri não ser na data marcada é se o Tribunal de Justiça do RN desaforar. Essa decisão, como já disse, cabe ao Tribunal. Não tenho e nunca tive compromisso com nenhuma parte num processo. Tenho que tomar decisões corretas de acordo com a lei e Justiça”, finalizou.
Por Marcos Dantas
Uma resposta
O desaforamento é uma medida jurídica legal, os julgamentos devem acontecer com serenidade e imparcialidade, jamais pode ter o caráter de vingança, e sim de coerção dentro dos limites impostos pela Lei. A punição pela retirada de uma vida jamais será equilibrada, por mais grave que seja sempre ficará aquém para os familiares, amigos e admiradores da vítima e além para os familiares do réu. Infelizmente esta é a grande realidade.