Jornal “O Norte” da Paraíba destaca projeto de lei de vereador caicoense

O articulista do Jornal paraibano o Norte, Agnaldo Almeida, publicou neste domingo, 8 de fevereiro, um interessante artigo de projetos que tramitam na Câmara Federal, Assembléias Legislativas e Câmaras Municipais. No artigo ele destaca o projeto de lei de autoria do vereador caicoense Dilson Fontes que deseja a distribuição gratuita de Viagra para homens com problemas de “levantamento”. Eis o artigo:

Blogs, sites e portais da internet têm se especializado em detectar nos escaninhos da Câmara Federal projetos de leis que, apesar de ridículos, continuam tramitando na chamada câmara baixa do Congresso Nacional. Esta coluna já se ocupou do tema, já repassou para os leitores de O NORTE as leis malucas que alguns deputados querem ver aprovadas, mas não custa nada voltar ao assunto e destacar, uma por uma, estas propostas que ainda podem ser votadas.

Essa “maluquice”, digamos assim, não é exclusividade do nosso melhor parlamento em Brasília. Ao contrário, as assembléias legislativas estaduais e, sobretudo, as câmaras municipais, são especialistas em discutir matérias que, na melhor das hipóteses, deveriam ser destinadas diretamente ao balde do lixo.

Querem exemplos? Pois não!

Tramita na Câmara Federal projeto proibindo que animais de estimação recebam nomes de gente. Ou seja, nenhum cachorro poderá ser chamado de Agnaldo. Nem de Marcos Tavares ou Paulo Brindeiro. Quem ousar colocar estes nomes, se submeterá ao pagamento de multa.

O autor deste projeto é o deputado Pastor Reinaldo. Era integrante da bancada do PTB quando teve esta brilhante idéia. O seu principal argumento é o seguinte: “Evitar saias justas em encontros entre pessoas e animais do mesmo nome”.

Tem mais: Na Assembléia do Rio de Janeiro, o deputado Antônio Pedregal resolveu instituir o Dia Estadual do Cachorro. Dono de três cães, o deputado alegou na sua justificação que em Missouri, nos Estados Unidos, existe uma estátua em homenagem aos caninos. O projeto só não foi pra frente porque recebeu uma emenda: outro deputado gostaria de estender a homenagem também aos gatos. Pedregal achou que era demais.

Na Câmara Municipal de Itapetininga, de São Paulo, o vereador Hiran Júnior entendeu de instituir o bolinho de frango como patrimônio cultural. Ele alegou, na justificativa do projeto, que o bolinho foi criado na cidade de Itapetinga e hoje é utilizado em vários Estados. Ao contrário do que os leitores possam imaginar, o projeto de Hiran foi bem recebido no plenário e aprovado sem muitas delongas.

O deputado federal por Alagoas, João Caldas, tem preocupações que, a bem dizer, extrapolam o sistema solar. Ele é autor de um projeto, que há pouco foi arquivado, obrigando os aviadores e a Aeronáutica a dizer tudo o que sabem sobre extraterrestres. Caldas garante que nunca boi abduzido, ao contrário da nossa conterrânea Elba Ramalho, que andou por aí dizendo ter sido levada em naves espaciais durante um curto período de sua existência.

O deputado não foi abduzido, mas afirma ter muita curiosidade sobre os ETs, em especial os que são descritos por “testemunhas” da cidade onde ele nasceu.

Leleu

Em Caicó, onde os ETs não costumam fazer parada, a inquietação do vereador Dílson Fortes é outra, embora não menos vigorosa. É dele o projeto que obriga o município a distribuir gratuitamente comprimidos de Viagra para os impotentes.

Dílson diz que a disfunção erétil abala a auto-estima e pode estimular o alcoolismo, os suicídios e a violência. Na justificativa do projeto, o vereador faz questão de deixar claro que não é impotente, não precisaria dos medicamentos, mas se compadece da situação vivida hoje por muitos de seus conterrâneos.

A lista desses projetos “malucos”, digamos assim, é interminável. A Paraíba não foi citada na relação, mas isso não quer dizer que esteja imune. Qualquer dia desses a gente mostra como os parlamentares paraibanos também conseguem ser criativos na arte de sugerir leis que, se aprovadas, enriqueceriam o folclore político nacional.

Foto: Leleu mostrando caixa de Viagra

Uma resposta

  1. Acho que neste mundo da internet, as pessoas estão ficando um pouco abestalhadas, muitas delas já nem conversam direito com os outros, pois, passa a maioria do tempo a frente de um computador. Isso com o passar do tempo vai tornando as pessoas um pouco sozinhas na multidão. Tem que se ter cuidado com a internet, e usá-la moderadamente…

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