A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT-PR), afirmou anteontem que o Congresso Nacional deve discutir a metodologia usada em pesquisas eleitorais para evitar que elas se transformem em “instrumentos de campanha”.
A declaração da ministra foi feita em Cascavel (498 km de Curitiba), antes de ela participar de um evento de apoio ao candidato do PT na cidade, José Lemos.
As pesquisas, segundo ela, retratam um momento e apontam uma tendência, mas não podem ser definidoras de votos: “Nós temos que estudar uma metodologia para que elas não sejam instrumentos de campanha”.
Gleisi, que é senadora licenciada, acrescentou que o “Congresso Nacional vai ter de discutir essa situação”.
Há uma semana, também em Cascavel, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo (PT-PR), marido de Gleisi, havia criticado o Ibope por causa de pesquisas realizadas no primeiro turno em Foz do Iguaçu e em Curitiba, onde o instituto fez “um papelão”, segundo ele.
Em Foz, dois dias antes da votação, o Ibope divulgou pesquisa que apontava o candidato Chico Brasileiro (PC do B) com 52% das intenções de voto, contra 45% de Reni Pereira (PSB).
Como a margem de erro era de quatro percentuais para mais ou menos, eles poderiam estar empatados. Pereira, no entanto, acabou eleito com 54% dos votos válidos, contra 45% de Brasileiro, que tinha o apoio dos ministros.