Folha de São Paulo critica construção de teleférico em Santa Cruz

Em tempos de crise e de seca, o governo federal está ajudando a construir um teleférico no interior do Rio Grande do Norte que levará turistas e fiéis até uma imagem de Santa Rita de Cássia, a santa das causas impossíveis. As obras começaram há um ano em Santa Cruz, cidade de 39 mil habitantes que está entre os 153 municípios potiguares em estado de emergência devido à seca. Serão duas estações, sete torres de sustentação e oito bondinhos, que poderão levar até 150 pessoas por hora.

Inspirado no Bondinho do Pão de Açúcar, o projeto foi orçado em R$ 12,6 milhões –R$ 5,1 milhões já foram licitados, sendo R$ 4,2 milhões de recursos federais. Os R$ 7,5 milhões restantes, para compra de equipamentos importados, ainda não estão garantidos, e o valor deve subir devido à alta do dólar. Parte da verba foi viabilizada por meio de emendas parlamentares do então deputado Henrique Alves (PMDB-RN), hoje ministro do Turismo, e do senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN).

Idealizado em 2012 pelo ex-prefeito Tomba Farias (PSB), o teleférico complementa outra obra dele, o Alto de Santa Rita de Cássia – um santuário onde a imagem de 56 metros (18 a mais que o Cristo Redentor, no Rio) da padroeira da cidade é exposta. Além da estátua, o complexo de R$ 6,5 milhões –acessível também por carro ou ônibus– inclui capela, mirante, altar, sala de promessas, restaurantes, lojas e estacionamento. A obra do teleférico é tocada pela gestão da prefeita Fernanda Costa (PMDB), mulher de Tomba Farias, e deve ser entregue até o fim de 2016.

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