Eleições 2012: pesquisa Sinduscon/Consult e suas contradições

Wilma de Faria foi, de fato, afetada pela operação Sinal Fechado, o que ajudou ainda mais Carlos Eduardo. De acordo com a pesquisa Sinduscon/Consult, divulgada nesta segunda(09), o ex-prefeito lidera com folga a corrida para a prefeitura do Natal.

O levantamento, que entrevistou 1.000 pessoas entre os dias 04 e 07 de Janeiro, está registrado no TRE com o número 001/2012 e apresenta margem de erro de 3%, trouxe outras questões interessantes.

Algumas tendências

Primeiro, Micarla de Sousa, dificilmente, terá alguma condição de conseguir reverter o processo. Pelo menos, praticamente ninguém, em sã consciência, acredita em sua vitória. Isto porque, conforme Carlos Alberto Almeida, autor do livro “Cabeça de eleitor”, um candidato, para ter alguma chance de reeleição, precisa gozar de, no mínimo, 50% de aprovação. Ainda que existam exceções, entre elas não há casos de um candidato que tenha conseguido reverter 90% de reprovação administrativa em pleno ano eleitoral e sem um palanque minimamente organizado.

Segundo, Rosalba vem perdendo rapidamente espaço na capital, o que pode atrapalhar o seu candidato na cidade. Se a tendência continuar, ela terá de ser “escondida”.

Contradições

Terceiro, a pesquisa traz uma contradição flagrante. Quem prestar atenção nos números verá que não faz sentido Rogério Marinho cair para 5,3% das intenções de votos. Como, em pouquíssimo tempo, ele perdeu tanto espaço? Não há fato novo para tanto…

O número se torna ainda mais absurdo porque, ao analisar a transferência dos votos de Wilma para outros candidatos, Rogério aparece como aquele que pode receber uma parte das intenções de voto da PSBista.

Então, como Wilma pode ter caído e nada ter sido transferido para Rogério Marinho, identificado até pouco tempo atrás como um wilmista histórico?

Vale enfatizar também que Felipe Maia e Hermano Morais também apresentam queda. Mais uma vez, no entanto, Rogério, que é apontado como um candidato que pode receber esses votos, nada aumentou.

Portanto, contrariando a lógica histórico/política e da própria pesquisa, além de não ser beneficiado pela queda wilmista, de Felipe Maia e de Hermano Morais, ainda perdeu parte do espaço que tinha conquistado. Estranho.

Outra questão diz respeito a queda de Fernando Mineiro, que perdeu o teto histórico do Partido dos Trabalhadores em Natal. Algo que precisa ser melhor analisado também (se bem que a queda de, mais ou menos, 2% está também dentro da margem de erro).

Novos levantamentos serão necessários para confirmar (ou não) a tendência delineada pela sondagem produzida pelo Sinduscon/Consult.

Da Carta Potiguar

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