Donos de 6,6 mil armas de uso restrito não cadastradas podem ser presos pela PF

O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou nesta quinta-feira (4) que os donos de 6.668 armas de uso restrito não cadastradas são potenciais alvos da Polícia Federal na operação Day After. Até o momento, 47 pessoas foram presas na ação, por serem proprietárias de armas e terem mandados de prisão em aberto.

Os principais alvos da operação são caçadores, colecionadores e atiradores (CACs) e donos de armas de fogo com mandados de prisão em aberto. Segundo a PF, nove desses presos eram procurados por homicídio; cinco, por roubo; e quatro por tráfico de drogas.

Segundo o ministro, a operação Day After será contínua. “Temos uma estimativa [da operação] que ultrapassa, e muito, esses 47 [presos]. Agora, vamos nos debruçar sobre esses que têm mandados de prisão em aberto e, depois, vamos buscar os donos dessas 6.668 armas, que são potenciais alvos da Polícia Federal por estarem em situação de flagrante delito”, afirmou Dino, em coletiva de imprensa.

A operação também deve cruzar os dados das armas recadastradas na Polícia Federal com o Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP), para verificar se os donos das armas têm alguma pendência com a Justiça. 

“A lei não estava sendo cumprida. Em muitos desses casos dos CACs, verificamos que a arma era legal, mas a pessoa que possuía a arma não estava dentro da lei. Isso não pode acontecer mais”, afirmou o ministro.

Operação Day After

Nesta quinta-feira (4), a Polícia Federal deflagrou a Operação Day After, contra CACs e donos de armas de fogo com armamento irregular. Os alvos da PF não preencheram os requisitos legais de idoneidade para ter as armas de fogo, que estão sendo apreendidas.

Os agentes também cumpriram mandados de prisão preventiva, temporária e definitiva em todo o território nacional. Ao todo, foram recadastradas 933.233 armas, de um total de 939.154 armamentos.

O prazo para o recadastramento de armas de fogo no Sistema Nacional de Armas (Sinarm), da Polícia Federal, terminou na quarta-feira (3). A princípio, o período de registro dos armamentos seria de 1º de fevereiro a 30 de março, mas o governo federal resolveu estender o intervalo.

Na época da prorrogação, a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), ligada ao ministério, argumentou que o novo prazo levou em consideração o tamanho do território brasileiro e as peculiaridades de cada região, para garantir “melhor adequação”.

Agora, todas as armas de fogo em posse de civis no país, tanto as de uso permitido quanto as de uso restrito, devem ser recadastradas no Sinarm, ainda que estejam registradas em outros sistemas.

R7

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