Deu na Folha:
“O governo acredita que a situação ‘está mais calma’, porém, ‘imprevisível’, até porque, argumenta Dilma, ela ‘não tem gerência’ sobre o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.”
Ah não, é? Sei.
O procurador, segundo a Folha, reúne indícios para provar que Cunha utilizou o cargo para atrapalhar a Operação Lava Jato, que investiga o petrolão do qual ele teria sido beneficiário.
Caso consiga comprovar a tese de interferência nas investigações, a Procuradoria deve pedir o afastamento de Cunha do cargo.
“No Planalto, a ordem é monitorar os movimentos de Cunha e recorrer ao STF caso ele autorize a abertura de um processo de impeachment contra Dilma.”
Dilma, na verdade, quer é que Janot colabore tanto quanto Teori Zavascki, do STF, que poderá estender em 30 dias o prazo para Cunha apresentar sua defesa das acusações de corrupção e lavagem de dinheiro, o que só tornaria possível uma denúncia contra ele em 2016.
Quanto mais tempo todos ganharem, melhor para Dilma.
Os opositores que contavam com a denúncia contra Cunha ainda neste ano para tentar substituí-lo por alguém capaz de acelerar o impeachment agora teriam de contar apenas com o PGR.
Mas eles, certamente, “não tem gerência” sobre Rodrigo Janot.