Dilma participa do programa ‘Esquenta’, de Regina Casé

A presidente Dilma Rousseff participou da edição exibida neste domingo (9) do programa “Esquenta”, da apresentadora Regina Casé. Dilma afirmou que nunca pensou que veria a consolidação da democracia no país.

A entrevista com a presidente foi gravada em 22 de novembro no hospital de reabilitação Sarah, em Brasília, e teve como tema a acessibilidade de pessoas com deficiência. Dilma falava sobre a capacidade humana de se superar quando Regina Casé perguntou o que a presidente imaginou que nunca veria no país. “A coisa mais importante que eu nunca pensei que ia ver na minha juventude, eu não pensei que ia ver a democracia. Nunca pensei. E que para nós seria algo tão natural, para nós é naturalíssimo. A imprensa é livre hoje, mas sou da época em que isso não era nada natural”, disse a presidente.

Dilma disse também que não imaginou que o Brasil pagaria o Fundo Monetário Internacional (FMI). “Eu tenho um orgulho imenso. E hoje, o Fundo Monetário Internacional deve para o Brasil. Eu pensei que eu não ia ver o Brasil crescer, esse crescimento com distribuição de renda”, afirmou.

A presidente afirmou, porém, que o Brasil ainda precisa dar um salto de competitividade. “Temos de ser capazes, através da educação, de produzir mais, agregar valor aos produtos, de gerar inovação, gerar tecnologia”, disse Dilma à apresentadora quando questionada sobre “o que está pegando no Brasil hoje”. A presidente afirmou que atualmente “o mundo percebe que o Brasil anda pelos próprios pés” e disse que o país não tem “nenhuma querela com seus vizinhos”, “nenhuma questão religiosa”.

“Eu acho que nós somos um país relevante no mundo, um país relevante que não é pretensioso, que não é arrogante, que não se acha e que não se coloca como melhor do que ninguém”, disse.

Bem humorada, Dilma repetiu o bordão “Xô, preconceito” usado pelo programa ao comentar sobre o preconceito racional no Brasil. Segundo a presidente, de cada quatro pessoas que recebem o Bolsa Família, três são negros.

 

“Eu acho que a gente tem de reconhecer que sempre o maior preconceito no Brasil tem origem na sua história, que é a escravidão. A pobreza no Brasil, ela tem um rosto. Ela é negra, mulata ou cafuza”, afirmou.

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