O recesso parlamentar costuma ser um período pacato e escasso em termos de notícias políticas e econômicas. Mesmo assim, o governo de Michel Temer conseguiu a proeza de gerar uma agenda negativa para o presidente com o aumento de imposto sobre os combustíveis.
Era o que Temer menos precisava agora. Logo depois do anúncio da medida, ele declarou, em viagem a Mendoza, que a população “irá compreender” a decisão. Veio com o blá-blá-blá de que ela será fundamental para cumprir a meta fiscal.
Temer deveria ter a coragem de admitir que a crise política em que o governo se meteu tem grande parcela de culpa na redução de receita e no consequente reajuste de tributo.
Conforme mostrou a Folha no sábado (22), são R$ 6,1 bilhões a menos com a desconfiguração do novo Refis, o fiasco do programa de desoneração da folha de pagamento, entre outras coisas que dependem do Congresso. Sem falar da reforma da Previdência, que empacou após o escândalo das revelações da JBS. Sua aprovação na Câmara estava prevista para junho –logo depois, seguiria para o Senado. Se o cronograma tivesse sido mantido, certamente seria outra a expectativa de rombo nas contas públicas e a de aumento de imposto no curto prazo.
2 respostas
Frank Temer ,tá danado mordendo o pescoço do povo brasileiro.
O Presidente Temer, com baixos índices de aprovação em certos segmentos sociais, poderia ter evitado a “saia justo” que vestiu com o aumento de imposto. Estava encaminhando bem a recuperação econômica do país. Porém, foi na onda de “amigo” Ministro Meirelles aumentou imposto. Ambos sabem que, se mexerem com preço dos combustíveis haverá – e não pode ser diferente -, o efeito cascata, e tudo seguirá o caminho da elevação de preços. Tudo que é produto é transportado e, assim sendo, dependerá de frete. Combustível mais caro, frete reajustado. É uma bola de neve. BURRICE pura, Dr. Temer.