Crescimento econômico no Norte e Nordeste vem com aumento da criminalidade

Além do medo da população e da morte de mais de 150 pessoas em menos de duas semanas, as recentes greves de policiais militares expõem a fragilidade do desenvolvimento econômico e social em curso em algumas regiões do Brasil. Relegados ao atraso por décadas, o Norte e o Nordeste do país ganharam destaque no cenário nacional em função de políticas de transferência de renda, aumento do salário mínimo e como resultado da descentralização dos polos industriais.

A melhoria do padrão médio de vida da população e o aumento da circulação de dinheiro, porém, trouxeram uma escalada da criminalidade que, agora, ameaça estancar o crescimento e a geração de riqueza nesses locais. Levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que os custos anuais do setor público e da iniciativa privada com a violência superam 6% do Produto Interno Bruto (PIB) — mais de R$ 200 bilhões ou quatro vezes o que o governo gastou em 2011 com investimentos.

Em 12 dias de paralisação dos militares, o prejuízo do comércio, calculado pela Câmara dos Dirigentes Lojistas na Bahia, ultrapassou os R$ 500 milhões. As demais cifras que estão em jogo são muito maiores. Levantamento divulgado na sexta-feira pelo Banco Central mostra que a atividade em duas das maiores economias do Nordeste (Bahia e Pernambuco) superou a do restante do país no trimestre encerrado em setembro de 2011 (último dado disponível), ao registrar crescimento de 1,2% e 1%, respectivamente.

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