Dias após indicar o nome de Jean-Paul Prates à presidência da Petrobras, o novo governo já articula sua aprovação como interino junto ao atual conselho de administração da estatal. As conversas com os atuais conselheiros acontecem em paralelo à checagem dos documentos e do currículo de Prates pela área de conformidade da estatal.
O objetivo é que Prates, cujo mandato no Senado termina neste ano, assuma o quanto antes o comando da estatal para só depois ser confirmado no cargo em caráter permanente por meio de uma assembleia geral extraordinária de acionistas (AGE). Capaz de reformar o conselho, a realização de uma AGE é mais demorada em função da checagem de mais nomes pela empresa e do rito de convocação, que envolve acionistas estrangeiros e exige intervalo de no mínimo 30 dias.
Para que Prates seja aprovado pelo Conselho de Administração, é necessária a maioria simples de votos, ou seja, seis dos dez votos ora existentes no colegiado, uma vez que o 11º conselheiro, o ex-presidente da empresa Caio Paes de Andrade, renunciou ao cargo esta semana para assumir uma secretaria no governo de São Paulo.
Pessoa do entorno de Prates afirma que o ex-senador já conta com votos de quatro conselheiros, cuja opinião só mudaria na hipótese de o comitê de pessoas da Petrobras apontar irregularidade clara na indicação. Bastariam, portanto, mais duas posições favoráveis.
Em tempo: Prates é dono de empresas da Petrobras. Pode ser considerada uma irregularidade.
Uma resposta
Não esmoreça. Em 2026 a gente elege o sapo barbudo de novo