A insegurança em torno dos resultados da 18ª Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP18) marcou o início da semana definitiva do encontro que ocorre em Doha, capital do Catar, desde o último dia 26. Ontem (3), ministros e autoridades de quase 200 países começaram a chegar à cidade para concluir as negociações, até então travadas por técnicos e especialistas que tentaram estipular os compromissos que cada nação terá de assumir para reduzir os impactos provocados pelo aquecimento global.
Segundo observadores que acompanham os debates desde o primeiro dia, o clima de incerteza toma conta dos corredores da conferência. A expectativa inicial em relação à COP18 já era tímida antes mesmo de as nações iniciarem as conversas. O maior resultado esperado é a definição de um segundo período de compromissos do Protocolo de Quioto. Para alcançar esse acordo, países desenvolvidos terão que definir metas obrigatórias de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE), que têm que ser alcançadas a partir de janeiro de 2013. Esses compromissos dariam sequência ao atual tratado, que tem validade até 31 de dezembro deste ano.