“Eu quero dizer o seguinte: o Rio Grande do Norte (RN) é um Estado diferente daquele de 2018, quando disputamos a eleição. O Rio Grande do Norte (RN) rodava no negativo. Estava já há algum tempo numa grave crise fiscal, afundado em dívidas. Os servidores tinham quatro folhas salariais em atraso. A minha avaliação é que ela (Fátima) nesses quatro anos – que completa este ano – conseguiu resolver esses problemas. E contou com a ajuda de Virgínia Ferreira, que foi secretária de planejamento da Prefeitura na minha gestão. O Estado hoje resolveu a crise fiscal e o Estado já passa a ter capacidade de investimento para levar a efeito políticas públicas”.
As aspas que abrem este texto só não podem ser confundidas com a fala de um bolsonarista porque faltou a fake news de que a governadora Fátima Bezerra está pagando as folhas atrasadas graças ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
Mas a fala é do ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) que assumiu estar em um processo de aproximação política com a petista.
Repare que ele foi econômico nos elogios e no lugar de Bolsonaro atribuiu o sucesso à secretaria estadual de administração Virgínia Ferreira que foi sua auxiliar na Prefeitura do Natal.
A fala mais pareceu uma resposta a uma provocação bem comum a políticos de oposição quando são cobrados a reconhecer algum feito do adversário que está no poder.
Carlos não citou a redução dos índices de violência, não lembrou da recuperação econômica via Proedi, do projeto dos IERNs que está saindo do papel e da forma como a governadora conduziu a pandemia priorizando as vidas das pessoas e seguindo a ciência.
A entrevista Carlos mostrou que pensa em si e reforçou a desconfiança de que no dia seguinte a eleição de 2 de outubro já será adversário das esquerdas do RN nas eleições de 2026.
Se queria construir pontes com os que rejeitam sua entrada na chapa governista no lugar do senador Jean Paul Prates (PT), Carlos Eduardo Alves só piorou a situação.
Bogue do Barreto